Dilma diz que país não perde batalha contra o Aedes
Publicado em 28/01/2016 • Notícias • Português
A presidente Dilma negou nesta quarta (27), no Equador, que o Brasil esteja perdendo a batalha no combate ao mosquito transmissor de zika, dengue e chikungunya.
A declaração veio em resposta à falado ministro da Saúde, Marcelo Castro, que, na última segunda (25), disse que o país vem perdendo “feio” para o mosquito Aedes aegypti.
“Não, a batalha não está perdida, não. Isso não é o que ele está pensando nemoque ele disse”, afirmouapresidente.
“O que ele disse é, se nós todos não nos unirmos e se a população não participar, nós perdemos essa guerra”, disse.
“Entre o momento em que você tiver a vacina e hoje, só tem um jeito de a gente combater [o zika]:é a população ajudar também.
Todo mundo vai ter de entrar nessa guerra, porque senão você perde.”
MILITARES O governo federal anunciou que 220 mil militares, ou cerca de 60% do efetivo do país, devem fazer parte de uma campanha contra o Aedes, que envolverá entrega de panfletos, visitas a casas, aplicação de larvicidas e esclarecimentos nas escolas.
Segundo o Ministério da Defesa,a ação deve ocorrer em quatro etapas.
Na primeira, está previsto um mutirão de limpeza nos órgãos públicos ligados à pasta. Em uma segunda etapa, militares devem visitar 3 milhões de residências para entregar panfletos com informações para eliminar criadouros.
Em seguida, cerca de 50 mil militares devem atuar diretamente no combate ao mosquito, por meio de inspeções nas casas.
As visitas estão previstas para ocorrer entre 15 e 18 de fevereiro. As ações devem ser feitas principalmente em capitais e em outras 115 cidades consideradas de maior risco para epidemias de dengue, zika e chikungunya.
BALANÇO Balanço atualizado do Ministério da Saúde aponta 270 casos confirmados e 3.448 casos suspeitos de bebês com microcefalia.
Na última semana havia 230 casos confirmados e 3.381 suspeitos. Já o número de casos descartados dobrou no período: de 282 para 462 no boletim atual.
As ocorrências confirmadas e as ainda em investigação estão em 22 Estados e no Distrito Federal.
Segundo o Ministério da Saúde, já é possível perceber uma tendência de que dano registro de novos casos suspeitos de bebês com a má-formação.
O Nordeste concentra 86% dos casos.
Fonte: Folha de S.Paulo