Divisor de águas: a revolução digital na inovação de dispositivos médicos
Publicado em 30/09/2024 • Notícias • Português
Johnson & Johnson MedTech Brasil compartilha seu case de sucesso com a implementação do uso da inteligência artificial na digitalização de linhas de cuidado cirúrgicos, beneficiando pacientes e médicos
A digitalização tem sido um divisor de águas para fabricantes de dispositivos médicos. Com o avanço das tecnologias digitais, a integração de software e dispositivos eletrônicos está transformando a forma como os equipamentos são desenvolvidos e utilizados, trazendo várias oportunidades associando inteligência artificial (IA), machine learning e a conectividade de dispositivos (IoT).
De acordo com Angela Freitas, CIO da Johnson & Johnson MedTech Brasil, a inteligência artificial na saúde pode trazer inúmeros benefícios aos pacientes e aos profissionais do setor. Segundo o relatório 2024 Global Health Care Sector Outlook, só no mercado norte-americano, o uso de IA pode evitar potenciais perdas de US$ 360 milhões nos próximos cinco anos. “Na prática, o uso de recursos de IA integrados a procedimentos e dispositivos médicos já permite ampliar o diagnóstico de algumas doenças, por exemplo”, explica a CIO. “Por meio de sistemas de mapeamento e algoritmos programados para atuar no diagnóstico de determinadas patologias, a IA permite às equipes médicas maior previsibilidade de cada caso clínico, possibilitando tratamentos precoces e evitando maiores complicações. Além disso, seu uso na jornada de tratamento e na comunicação com pacientes melhora a navegação digital do paciente pelo sistema de cuidados com a saúde, permitindo tratamentos mais integrados”, diz. Em resumo, o diagnóstico precoce, a redução de complicações e o atendimento assistido de cada paciente acabam proporcionando melhores desfechos clínicos e, consequentemente, um menor custo para o sistema de saúde.
As oportunidades na implementação da digitalização no processo produtivo são visíveis no aumento da capacidade analítica das equipes médicas, no avanço dos diagnósticos precoces, na maior assertividade na escolha dos tratamentos e, sobretudo, na entrega de tratamentos e cuidados mais precisos e eficazes aos pacientes. Por outro lado, o treinamento dos profissionais de saúde é um dos principais desafios da digitalização no processo produtivo. “É preciso sempre estruturar e planejar a capacitação desses profissionais para que eles possam usufruir e utilizar esse processo digitalizado da melhor forma possível, e é por isso que reforço a importância da educação médica continuada como ferramenta para o progresso do conhecimento”, explica Angela.
A J&J MedTech Brasil tem implementado o uso da inteligência artificial na digitalização de linhas de cuidado cirúrgicos. As linhas de cuidado são uma das possibilidades de uso da IA a partir de uma abordagem coordenada e integrada à saúde, que coloca o paciente no centro. Elas garantem que cada paciente receba o cuidado certo, na hora certa e no lugar certo. Um exemplo dessa aplicação é o projeto “Jornada Digital do Paciente”, que foi desenvolvido e cocriado pela J&J MedTech Brasil em parceria com o Hospital A.C.Camargo e a startup brasileira Kidopi, com o objetivo de aumentar a adesão ao tratamento do paciente com câncer colorretal ao longo de sua jornada de cuidados.
Por meio de uma abordagem de ponta a ponta – pré, intra e pós-cirúrgica –, a IA integra dados e realiza um mapeamento de toda a jornada do paciente, ajudando-o a seguir as diretrizes propostas em busca de melhores resultados clínicos. Os insights obtidos são utilizados para analisar e corrigir rotas de tratamento e melhorar a tomada de decisões clínicas. “Com essa jornada digital no tratamento do paciente com câncer colorretal, foi possível obter uma redução de 67% de complicações no momento pós-cirúrgico e uma diminuição em 100% no número de reinternações. Os pacientes participantes tiveram 100% de engajamento à plataforma, e registraram um índice de satisfação de NPS de 83”, finaliza a CIO da J&J.