Representando a ABIMED, o Diretor Regional de Brasília, Felipe Dias Carvalho, participou, no dia 15 de outubro, da reunião do Grupo Executivo do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (Geceis), na capital federal.  

No evento, a Ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou o investimento de R$ 4,2 bilhões do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para ampliar e modernizar laboratórios públicos e Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs), além da realização de parcerias público-privadas para alavancar a produção nacional com foco em demandas estratégicas do SUS. São 42 projetos selecionados pelo Ministério da Saúde, que contemplam 16 instituições, voltados à produção de insumos fundamentais para atender às principais demandas de saúde da população brasileira e para reduzir a dependência do país. Entre elas, terapias avançadas para o SUS, vacinas, soros e medicamentos para doenças e populações negligenciadas. Produtos oncológicos, imunossupressores, anticorpos monoclonais e radiofármacos também foram contemplados, bem como a produção de IFA – Insumos Farmacêuticos Ativos e dispositivos médicos.

No caso do IFA, mais de 90% da matéria-prima usada no Brasil é importada, enquanto em equipamentos médicos a produção nacional atende 50% da demanda. Em medicamentos prontos, o percentual é de cerca de 60% e, em vacinas, um pouco acima. A meta é atingir média de 70% de produção local no setor em dez anos, com previsão de investimento só pelo Novo PAC de R$ 8,9 bilhões até 2027.

O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, ressaltou a importância da retomada de investimentos para o fortalecimento da ciência e da saúde no Brasil. Ele explicou que os novos investimentos do Ministério da Saúde, juntamente com aportes privados e parcerias de desenvolvimento produtivo (PDPs), são essenciais para fortalecer o setor. Porém, o grande desafio é reduzir o déficit da balança comercial em saúde, que hoje é o segundo maior, atrás apenas da tecnologia da informação. Atualmente, o Brasil produz apenas 45% do que consome em saúde.

O grupo é coordenado pelo Ministério da Saúde e reúne 20 ministérios e instituições do governo federal, além de associações, como a ABIMED, centrais sindicais, representantes do setor produtivo e da sociedade civil.

Também participaram as Ministras da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, e da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos; o ministro da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Alexandre Padilha; o secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Complexo da Saúde (Sectics), Carlos Gadelha; o presidente da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), Arthur Chioro; entre outras autoridades.

O Diretor Regional de Brasília da ABIMED ainda participou, no mesmo dia da reunião do Fórum de Articulação com a Sociedade Civil (FAS), cujo objetivo é assessorar o Geceis nas propostas de iniciativas e de ações voltadas ao fortalecimento das políticas públicas no âmbito do complexo.