ESG na saúde: de diferencial a requisito essencial
Publicado em 25/09/2025 • Notícias • Português
Para o setor de tecnologia em saúde, a agenda ESG tornou-se condição necessária para operar com responsabilidade, gerar valor e tornar o sistema de saúde mais sustentável.
O ESG (Ambiental, Social e Governança) tem deixado de ser um diferencial competitivo e para tornar-se requisito essencial na indústria de tecnologias médicas. Investidores, governos, pacientes e parceiros esperam cada vez mais que as empresas alinhem resultados econômicos a impactos positivos para a sociedade e para o planeta.
A estratégia ESG combina três pilares: eficiência produtiva, responsabilidade ambiental e impacto social. No Brasil, a maturidade das empresas em relação ao tema varia. Algumas já adotam metas climáticas validadas cientificamente, como alcançar net-zero até 2050 e reduzir 42% das emissões dos Escopos 1 e 2 até 2030, implementam design circular em produtos e avançam na governança responsável em inteligência artificial. Outras ainda estruturam planos específicos.
O setor de saúde responde por 4,6% das emissões globais de gases de efeito estufa, sendo mais da metade ligada ao consumo de energia. Se apenas o setor de saúde global representasse um país, seria o quinto maior emissor do mundo.
Escopos de Emissões – Como o setor mede seu impacto ambiental
O Protocolo GHG, desenvolvido pelo World Resources Institute (WRI) e pelo World Business Council for Sustainable Development (WBCSD), e adaptado no Brasil pelo Programa Brasileiro GHG Protocol (FGVces), define três escopos de emissões, indicando quem detém cada emissão e o nível de controle possível para reduzi-las:

Atenção: No setor de saúde, grande parte das emissões está no Escopo 3, tornando essencial a colaboração com fornecedores e parceiros.
Desafios e oportunidades
– Escopo 3: Um dos maiores desafios do setor, pois envolve fornecedores e uso dos produtos. Reduzi-lo exige esforço coletivo, logística reversa, modernização de infraestrutura e padrões claros de rastreabilidade.
– Oportunidades: Economia circular, remanufatura e digitalização aumentam a eficiência energética e prolongam a vida útil dos dispositivos médicos. Tecnologias digitais e softwares de inteligência artificial aplicados à ressonância magnética já reduzem tempo de exames, melhoram a qualidade das imagens e aumentam a produtividade clínica, gerando benefícios concretos a pacientes, empresas e ao sistema de saúde como um todo.
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