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Governo fará plano de cooperação internacional contra zika

Publicado em 11/02/2016 • Notícias • Português

Sob crítica da comunidade internacional, o governo Dilma Rousseff estrutura um plano para agilizar acordos e aumentar a troca de informações com outros países sobre o combate à zika, associada ao surto de microcefalia.
As medidas, que devem ser lançadas até o final deste mês,devem incluir convênios com laboratórios internacionais, produção de vacinas em parceria com os Estados Unidos e a diminuição da burocracia para exportação de amostras do vírus.
O tema foi discutido nesta quarta(10) em reunião no Palácio do Planalto com as participações dos ministros Jaques Wagner (Casa Civil), Marcelo Castro (Saúde) e Celso Pansera (Ciência e Tecnologia).Apauta oficial do encontro foi discutir novas tecnologias de combate à zika.
O objetivo de enviar amostras para laboratórios no exterior é avançar na conclusão de que a zika é de fato o responsável pelo surto.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) tem defendido o envio do material para institutos de excelência.
No final do ano passado, Dilma já havia discutido com o presidente dos Estados Unidos,Barack Obama,a criação de um grupo entre os dois países para desenvolver vacinas contra o vírus da zika.
A ideia é de que o trabalho ocorra em parceria entre o Instituto Butantan e o Instituto Nacional de Saúde (NIH, na sigla em inglês).
aborto A presidente Dilma participou nesta quartado encontro do Conic (Conselho Nacional das Igrejas Cristãs).
A autorização para o aborto em casos de microcefalia é alvo de divergência entre as igrejas. Se a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) já afirmou que a epidemia de zika no Brasil não justifica a medida,outros grupos s preferem ainda não tomar posição sobre o assunto e avaliam que cabe ao governo arbitrar sobre o tema.
“Hoje,agente tem uma resposta possível,não a ideal.
Essa discussão é muito recente.
O propósito da igreja é sempre pela vida”,disse dom Flávio Irala, bispo da Igreja Anglicana. “Mas não podemos ficar nos escondendo de debates polêmicos.” Irala, que é presidente do Conic, disse que a entidade não discutiu o assunto e ponderou que é preciso ter cautela para não criar “antagonismos dentro do conselho”.
Presidente da Aliança de Batistas do Brasil, Joel Zeferino afirmou ser necessário discutir o assunto “com a sociedade”.
“É preciso incluir nesse debate as mulheres que sofrem esse aborto, sobre tudo das periferias das cidades, mulheres negras, que de fato fazem esses abortos ilegais.” Na semana passada,o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos defendeu que países afetados pela zika garantam os direitos reprodutivos das mulheres — entre eles, o aborto.
O arcebispo Mor Titos Paulo Tuza, da Igreja Católica Ortodoxa Siriana do Brasil, afirmou que a denominação cristã é contrária ao aborto no caso de microcefalia. Segundo ele, o procedimento só é aceitável se a gestação ameaçar a vida da mãe.

Fonte: Folha de S.Paulo

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