Implante protege do HIV por até um ano
Publicado em 24/07/2019 • Notícias • Português
Um implante do tamanho de um palito de fósforo poderá melhorar consideravelmente as estratégias preventivas contra o vírus HIV. O dispositivo tem como base a molécula MK-8591, que é aproximadamente 10 vezes mais forte como um inibidor de HIV do que os medicamentos disponíveis no mercado. Além disso, segundo os criadores, tem uma barreira muito alta contra a resistência.
“Ele libera lentamente a droga e mantém um nível muito consistente da substância no corpo. Isso pode realmente impedir que a pessoa seja infectada”, disse à agência France-Presse de Notícias (AFP) Mike Robertson, diretor de desenvolvimento clínico global para virologia da MSD. Detalhes sobre o dispositivo foram apresentados, ontem, na 10ª Conferência Anual da International AIDS Society, na Cidade do México. Hoje, indivíduos que têm alto risco de contrair o HIV precisam tomar uma pílula diariamente como forma de prevenção. Segundo Mike Robertson, o implante, ou mesmo uma pílula mensal contendo o mesmo ingrediente ativo, poderia fornecer mais opções para as comunidades em risco, além de facilitar o tratamento. Testes iniciais sugerem que o dispositivo pode impedir que pessoas em risco contraiam o vírus por até um ano. Perfis variados Em seu relatório anual sobre a doença, divulgado neste mês, a Organização das Nações Unidas (ONU) alertou que as mortes globais por Aids caíram um terço desde 2010, chegando a cerca de 770 mil em 2018. O declínio nas taxas de novas infecções também está diminuindo, mas em algumas regiões, incluindo o Leste Europeu e o Oriente Médio, as taxas aumentam dramaticamente. Vacina tem bons resultados. Também foi apresentada, ontem, na conferência anual, novos resultados de um estudo clínico sobre a segurança e a tolerância de uma vacina contra o HIV. O ensaio de fase 2 foi conduzido em Quênia, Ruanda e Estados Unidos com adultos saudáveis, de baixo risco e HIV negativos. Os resultados iniciais mostraram que as vacinas foram bem toleradas entre os indivíduos. Agora, a equipe trabalha na fase 3 do ensaio clínico, quando se avalia um grande grupo de voluntários. “Estes são tempos muito promissores na pesquisa de vacinas contra o HIV, com múltiplos ensaios clínicos de eficácia em andamento, novas abordagens no desenvolvimento e uma sensação crescente de que podemos estar nos aproximando de uma vacina eficaz”, disse Roger Tatoud, diretor da Global HIV Vaccine Enterprise. |
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Fonte: Correio Braziliense