Indústria brasileira apresenta propostas para fortalecer cooperação com a China
Publicado em 30/07/2024 • Notícias • Português
Visando fortalecer a parceria estratégica entre Brasil e China, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, levou 16 propostas prioritárias da indústria brasileira a empresários e governo do país asiático. A diretoria da entidade integrou a missão comercial do governo brasileiro ao país e à Arábia Saudita, em junho, liderada pelo vice-presidente da República e ministro de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin. O encontro faz parte da estratégia da indústria brasileira de estreitar ainda mais a relação com a China, principal parceiro comercial do Brasil e 8º maior investidor direto no país. Em 2023, as exportações brasileiras para o país asiático somaram US$ 104,3 bilhões, com aumento de 16,97% em relação ao ano anterior, quando o valor foi de US$ 89,4 bilhões.
Para a CNI, era o momento para estruturar a agenda de cooperação industrial com os chineses, especialmente nas áreas científica, tecnológica e de inovação, para atração de investimentos. Entre as propostas apresentadas em diferentes áreas, mapeadas junto às empresas, estão ações em energia renovável, transferência de tecnologias para mobilidade sustentável, expansão da cooperação espacial, cooperação regulatória em inspeção farmacêutica e biotecnologia agrícola, hubs de descarbonização para a indústria siderúrgica, desenvolvimento de cadeias de suprimento do hidrogênio verde brasileiro, eliminação de barreiras comerciais, fomento a projetos de bioeconomia e intercâmbio técnico e outras. Durante o evento, foram anunciados memorandos de entendimento entre entidades chinesas e a CNI, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e o Instituto Euvaldo Lodi. Os acordos propõem facilitar a expansão das empresas brasileiras no mercado chinês e criar um grupo de CEOs de alta tecnologia; viabilizar a formação de executivos em setores estratégicos e promover a inovação na indústria; fortalecer a cooperação entre as entidades; e criar ações para trocas de tecnologia e formação de competências técnicas.
Antes da visita à China, a delegação passou por Riad, na Arábia Saudita, em um momento em que o país quer fortalecer a relação comercial com o Brasil. O território brasileiro foi escolhido como parceiro estratégico para investimentos desde 2019 e, desde aquele ano até 2023, os setores que mais receberam anúncios de investimentos do país no Brasil foram os de energia renovável e combustíveis fósseis. Segundo a CNI, as transações comerciais com os árabes podem saltar dos atuais US$ 8 bilhões para US$ 20 bilhões até 2030.