Inovação e EXCELÊNCIA
Publicado em 20/12/2016 • Notícias • Português
O setor de produtos para saúde é, tradicionalmente, um dos mais inovadores do mundo. Estamos falando de um mercado que movimenta globalmente cerca de U$ 350 milhões ao ano, que fechou 2015 com um faturamento ao redor de U$ 11 bilhões no Brasil e que investe de 8% a 12% de suas vendas em pesquisa e desenvolvimento.
Este elevado grau de investimento em P&D tem produzido tanto inovação quanto excelência de produto e é resultado da necessidade crescente de se melhorar os cuidados com a saúde, ampliar o acesso da população às novas tecnologias e aumentar a produtividade de processos e do próprio sistema de saúde do país.
O desenvolvimento tecnológico tem aberto novas perspectivas para a melhoria da saúde e qualidade de vida e revolucionado as formas de entregar cuidado.
É o caso da cirurgia 4.0 – que une a robótica a softwares extremamente avançados que irão transformar a maneira de operar e os resultados obtidos; a personalização da medicina por meio de impressoras 3D que produzem réplicas anatômicas perfeitas a partir de exames de imagem; a telemedicina que possibilita a realização de laudos à distância, a operação remota de equipamentos, o treinamento profissional à distância e a discussão remota de casos clínicos; os chamados vestíveis, aplicativos que permitem que, cada vez mais, o cidadão seja gerente dos seus hábitos, do seu corpo e da sua saúde, para ficar apenas em alguns exemplos.
Todos esses avanços ocorrem em um cenário marcado ainda por uma grande mudança na pirâmide etária e, consequentemente, no perfil epidemiológico da população. É o caso das chamadas Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), como diabetes, hipertensão, câncer e obesidade, cuja incidência tem aumentado em decorrência do envelhecimento da população e que demandam de gestores e de todos os elos da cadeia de saúde respostas cada vez mais rápi-
das, eficazes e economicamente sustentáveis.
Nos dias de hoje, um dos maiores desafios enfrentados pelo setor de saúde no Brasil é equilibrar os crescentes custos da área com a necessidade de atender a demanda ainda reprimida no país, promover acesso da população às inovações e prestar uma assistência de qualidade e inclusiva.
Para isso, é fundamental aumentar a eficiência e utilizar melhor os recursos disponíveis e, nesse contexto, a tecnologia desempenha um papel importante, seja oferecendo métodos mais eficazes de gestão do sistema, seja disponibilizando inovações que promovam diagnósticos precoces e mais acurados, abreviem o tempo de internação ou reduzam custos com o deslocamento de pacientes, entre muitos outros exemplos que poderiam ser citados.
Neste momento, é claro para a indústria de produtos para saúde que qualquer inovação tem que ser custo-efetiva, atender às necessidades dos pacientes, mas também de todo o sistema de saúde do país. Alcançar esse grau de excelência passa também pelo uso racional da tecnologia – a prescrição correta, de acordo com as necessidades reais do paciente e os protocolos médicos – e o combate ao desperdício. Acreditamos que o desafio da sustentabilidade só poderá ser superado por meio de inovação que proporcione ganhos significativos em produtividade,
Fonte: Revista Saúde Business