Lucro do Fleury tem alta de 9,5% no trimestre
Publicado em 01/08/2016 • Notícias • Português
Apesar da redução de mais de 1,5 milhão de usuários de planos de saúde nos últimos 12 meses, o Fleury conseguiu ver sua receita líquida aumentar 9,5% para R$ 525 milhões no segundo trimestre quando comparado ao mesmo período de 2015. A companhia de medicina diagnóstica aumentou em 2,35% o volume de exames realizados. Além disso houve reajuste de preço e mudança nos tipos de exames ofertados. “Levando-se em consideração o cenário econômico, consideramos muito positivo o crescimento de receita.
Provavelmente aumentamos nosso market share”, disse Carlos Marinelli, presidente do Fleury.
A maior expansão foi registrada nos laboratórios das marcas a e Weinmann. A variação nessas unidades que atendem o público intermediário foi de 17%; enquanto nos laboratórios com a bandeira Fleury, foi de 8%. Questionado se essa procura por laboratórios com preço menor é reflexo de muitas companhias estarem trocando o convênio médico por um plano com cobertura inferior aos seus funcionários, Marinelli disse que não sentiu esse efeito e argumentou que o crescimento nas marcas regionais se deu porque a companhia fortaleceu a presença em algumas praças do país.
As unidades com a marca Fleury representam metade do faturamento da companhia. Os laboratórios das bandeira a Weinmann respondem por uma fatia de 17% e as unidades localizadas no Rio de Janeiro representam 16,5% do negócio. A fatia restante vem da prestação de serviço para laboratórios terceiros.
O destaque do balanço do Fleury foi o controle nos custos e despesas, que impactaram positivamente nos resultados. O lucro líquido somou R$ 46 milhões, o que representa um crescimento de 40,2% – ou seja uma variação muito superior ao aumento de 9,5% da receita. Os custos dos serviços prestados teve uma alta de 6,3% e sua representativa sobre a receita foi menor neste segundo trimestre.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) avançou 24% para R$ 122 milhões e a margem do respectivo indicador teve um acréscimo de 2,73 pontos percentuais atingindo 23,2% entre os meses abril e junho.
O desempenho do companhia de medicina diagnóstica, no segundo trimestre, veio dentro do estimado pelo mercado. “Esperamos que a margem Ebitda continue a expandir a um ritmo saudável, projetamos 23%, apesar de alguma pressão de materiais devido à desvalorização do real e a primeira metade dos reajustes salariais, que impactaram apenas o mês de junho”, destacaram os analistas do Santander, Bruno Giardino e Leonardo Olmos, em relatório de prévia de resultados.
Fonte: Valor Econômico