Melhorando terapias atuais
Publicado em 05/01/2016 • Notícias • Português
As células sintéticas criadas por cientistas do Instituto Federal Suíço de Tecnologia também podem ajudar a otimizar os tratamentos disponíveis contra a psoríase. Os sintomas da doença autoimune — a inflamação e a pele escamosa — geralmente são combatidos com pomada depois que eles ficam evidentes. A nova terapia poderia agir antes do surgimento desses incômodos. “Com as existentes, estamos quase sempre atrasados. Já as células que usamos começam a produzir mensageiros anti-inflamatórios em um estágio inicial, agindo antes de as erupções cutâneas aparecerem”, explica Martin Fussenegger, um dos criadores do método.
Para Gilvan Ferreira Alves, dermatologista e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a nova tecnologia poderá deixar o tratamento contra a psoríase menos incômodo. “Isso se comparado também às situações em que o paciente precisa receber injeções na veia com os imunossupressores e aos casos em que as sessões precisam ser feitas em intervalos curtos, como duas vezes ao dia. Sem contar que essas doses custam muito, uma outra dificuldade para quem sofre com a enfermidade”, complementa.
Alves também destaca que efeitos adversos causados pela intervenção disponível poderiam ser evitados com as células sintéticas. “É um tratamento muito mais específico. Os atuais agem de forma mais abrangente, combatendo todas as células imunitárias, o que pode provocar o aumento de fungos e bactérias, por exemplo, deixando o organismo mais suscetível a infecções”, compara.
Fonte: Correio Braziliense