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Mês das Mulheres – Celebrando a força que transforma o mundo!

Publicado em 15/03/2024 • Notícias • Português

Mês das Mulheres – Celebrando a força que transforma o mundo! 

Março: Neste mês especial em celebração às mulheres, reconhecemos a importância e as conquistas que estão à frente de inovações tecnológicas que revolucionam a área da saúde.

Hoje, destacamos a entrevista com Mariana Tolovi, Vice-Presidente do Conselho de Administração da ABIMED, em cuja composição contamos com 40% de lideranças femininas.

Há espaço para muitas conquistas, mas, a cada dia, mais mulheres assumem cargos de liderança, inspirando e ajudando a aumentar a representatividade feminina do setor.

Confira!

1 – Para você, o que significa ser uma liderança feminina na área da saúde 

Ser uma líder mulher na área da saúde é gratificante e importante, pois fortalece a diversidade, criatividade e inovação, fatores essenciais para que as empresas em geral se mantenham competitivas. Um fator ainda mais relevante para buscar esse equilíbrio de gênero é o fato das mulheres, assim como outros grupos identitários, são minoria em estudos clínicos e tem número maior de doenças não diagnosticadas. Ao aumentarmos a diversidade no processo decisório, garantimos também que mais pacientes, de qualquer gênero, terão um tratamento mais justo.

Sempre que temos uma diversidade entre os decisores estratégicos, garantimos maior inclusão também para os pacientes.

Tenho consciência de que eu e minhas colegas líderes de outras empresas garantimos representatividade e servimos de exemplo para incentivar outras jovens executivas, demonstrando que é possível atingir cargos de Gerência Geral no Brasil e na América Latina.

Os desafios para a liderança feminina em qualquer setor são claros e bem descritos em algumas pesquisas, como a da ONU, por exemplo.  Na edição de 2019 da pesquisa, descreveu-se que as mulheres ocupam globalmente cerca de 70% dos empregos na área da saúde, mais de 80% dos cargos de enfermagem e mais de 90% dos cargos de parteira. Prestam a maior parte dos cuidados não remunerados e do trabalho doméstico nas famílias e comunidades, e tomam a maioria das decisões de compra e utilização de produtos de saúde. As mulheres lideram a prestação de cuidados de saúde a 5 bilhões de pessoas e contribuem anualmente com cerca de 3 bilhões de dólares para a saúde global.  No entanto, elas detêm apenas 25% dos cargos de liderança nesse mercado no mundo.  Temos atualmente excelentes exemplos de mulheres CEOs na indústria, em prestadores de serviço, bem como presidentes de conselhos de associações (como Patricia na ABIMED).

Estamos avançando muito lentamente, e por isso são necessárias ações propositivas de equilibrar a diversidade de gênero nos cargos de diretoria e gerência sênior, aumentando as chances de elas ingressarem em posições de alta liderança.

Na área em que atuo, indústria de dispositivos médicos, já vemos um grande avanço com a presença cada vez mais frequente de mulheres nesses cargos. Na Edwards Lifesciences, por exemplo, temos programas de aceleração e mentoria para mulheres para que elas assumam posições mais estratégicas em várias esferas e regiões.

A Edwards tem em seu DNA a cultura que preza pela diversidade, inclusão e pertencimento, sabemos que esses fatores não só fortalecem o sucesso das mulheres, como impulsionam inovação e resultados.

Estudo da WHO: ( Boniol M, McIsaac M, Xu L, Wuliji T, Diallo K. et al. Gender equity in the health workforce: analysis of 104 countries. [Internet]. World Health Organization; 2019. https://apps.who.int/iris/handle/10665/311314.22)

 

2 – Quais desafios ainda precisam ser superados pelas mulheres no mercado de trabalho e na sua área de atuação? 

Hoje, os homens representam menos de 30% da força de trabalho da saúde, mas ocupam 75% dos cargos de liderança. O profissional de saúde padrão é mulher, o número das pacientes cada vez aumentam mais, assim faria sentido maior equilíbrio na alta liderança de nosso setor.

No início de minha carreira como gestora, a maior barreira vinha do fato de ser uma mulher jovem de menos de 40 anos liderando uma multinacional. Aprendi que a surpresa e algumas restrições que sofri aconteceram em parte também porque a carreira de medicina toma mais tempo para formar líderes sêniores, assim, poucos médicos (e menos ainda médicas) seriam líderes com minha idade.

Com relação as principais barreiras a serem superadas pela mulher CEO de qualquer área, posso citar a dedicação de muitas horas, as inúmeras viagens e o próprio estilo de liderança feminino são os mais comuns.

Há uma surpresa em aceitar quando a mulher tem um estilo de liderança mais assertivo e enérgico. Na maioria das vezes espera-se que a mulher se apresente sempre delicada ou com poucos (ou nenhum) “não” como resposta. Quando defendemos nossas opiniões com firmeza somos classificadas como intolerantes.

A dupla ou múltipla jornada e as inúmeras viagens à trabalho que essas posições demandam levantam a desconfiança sobre nossa capacidade de se concentrar no trabalho ou lidar com as demandas extraprofissionais.

A maneira de se evitar esse viés inconsciente, é deixar a decisão sobre carreira com as próprias executivas, cada uma sabe e deve decidir se quer ou não um trabalho tão demandante.

Para avançarmos nessa pauta, é imprescindível que todos, homens e mulheres, sejam incluídos nessa discussão propositiva, já que o benefício será para toda a empresa.

 

3 – Como motivar e fortalecer futuras lideranças femininas? 

A questão da representatividade de mulheres na alta liderança, que já citei, é importante pois garante incentivo. Outro fator correlacionado é que na maioria de empresas com mulheres CEO temos um maior equilíbrio de gênero nas posições de liderança.

Atribuo esse fator a um olhar mais atento e mais empático por parte das mulheres na escolha dos melhores profissionais.

Mas cabe tanto às mulheres como aos homens, em cargos de liderança, apoiarem as mulheres no desenvolvimento de suas carreiras, fazendo com que não se limitem a uma posição intermediária, mas avançando para posições de liderança estratégica. Faz-se necessário educar, conscientizar e incentivar a liderança, predominantemente de homens, sobre a importância da diversidade em suas equipes para que sejam mais estratégicas e  inovadoras . Isso pode ajudar a criar um debate produtivo nas empresas, construindo um ambiente muito mais igualitário a partir de uma forma de pensar que abra caminho para que homens e mulheres competentes evoluam.

A Edwards tem a cultura de fomentar a diversidade, a inclusão e o pertencimento para fortalecer e expandir o sucesso das mulheres, orientada à inovação e resultados.

Temos a quase uma década grupo de E.Now, Edwards Network of Woman, com lideranças femininas e masculinas nesse grupo liderando a diversidade de gênero em cada país do mundo .

Entre outras inúmeras ações, temos um programa, denominado “Rede de Mulheres”, com a missão de informar, envolver e inspirar todos os funcionários sobre o valor da cultura DI&B (diversidade, inclusão e pertencimento).

 

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