Mídias sociais e difusão de conhecimentos sobre cuidados em saúde
Publicado em 13/05/2022 • Notícias • Português
A pandemia fez com que a opinião pública voltasse os olhos para a saúde. Nessa nova dinâmica de busca por informações a respeito da Covid-19 e de vacinas, a internet desempenhou um importante papel, tanto para quem procurava quanto para os que ofereciam conteúdo. Nos últimos anos, profissionais da área de saúde viveram a ampliação do seu poder de disseminação de conhecimento por meio das redes sociais. Plataformas como Instagram, TikTok e YouTube, entre outras, possibilitam que médicos, enfermeiros, nutricionistas, dentistas, psicólogos, fisioterapeutas e afins compartilhem com o público conhecimentos específicos das suas áreas de atuação. Clínicas e demais centros de saúde também podem se beneficiar do ambiente digital. Em contrapartida aos vídeos, textos e demais conteúdos postados, os profissionais de saúde recebem reconhecimento e ampliam o networking.
Essa presença nas redes sociais é importante para o público e também para os profissionais da saúde produtores de conteúdo, mas alguns princípios precisam ser seguidos. Saiba mais!
Ética e bom senso – Redes sociais são um mundo paralelo? Nem pensar! O que vale fora da internet também deve ser seguido dentro dela. O bom senso e o Código de Ética da profissão devem guiar a atuação dos profissionais de saúde nas redes sociais. Por isso, referências a casos práticos e imagens de tratamentos – com fins estéticos, por exemplo – postados em perfis e canais não podem revelar a identidade do paciente. Nomes e demais informações pessoais de pacientes devem ser ocultados.
Propagandas de produtos e medicamentos também devem ser evitadas. Caso o profissional faça referência a marcas específicas, deve esclarecer por que escolheu compartilhar aquela variedade específica e explicar que existem variantes daquela modalidade no mercado.
Informação responsável – Profissionais de saúde devem correr de frases de efeito e chamadas sensacionalistas. É possível “vender seu peixe” sem apelar para recursos linguísticos próprios da publicidade de produtos, que ensejam sensações de escassez e medo de perder uma oportunidade. Por isso, chamadas como “melhor tratamento” ou “a solução definitiva” são proibidos.
Clientes procuram conhecimento e credibilidade em perfis de saúde. É possível que seguidores venham a se tornar clientes, mas essa transição é fruto de uma relação de confiança e admiração, a ser construída sobre informações de qualidade, com realismo, responsabilidade e ética. As interações com seguidores, seja em comentários abertos ou em mensagens privadas, devem seguir os mesmos princípios. Valores de tratamentos não podem ser divulgados em perfis. O ideal é que se mantenha em destaque o número de telefone do consultório ou clínica, para que o seguidor interessado busque mais informações.
Ciência antes de tudo – Popularizar conhecimento médico é uma forma de preservar a vida e a saúde. Por isso, antes de tudo, o profissional deve ter consciência da sua condição e dos deveres da profissão. A ciência deve guiar os conteúdos, e não modas ou tendências no universo de digital influencers.
É proibido divulgar tratamentos sem reconhecimento do Conselho de Classe da categoria profissional. Também não é correto manipular informações a fim de criar ou divulgar qualquer tipo de fake news. Estudos inconclusivos ou de baixa qualidade não podem servir de reforço para publicações. Referências bibliográficas de livros e artigos utilizados para compor o conteúdo devem ser elencadas.
Fonte: ABIMED