Neo-industrialização do Brasil
Publicado em 18/09/2023 • Notícias • Português
O Diálogos ABIMED promoveu em 17 de agosto um evento que discutiu a Inserção da Indústria de Dispositivos Médicos nas Novas Cadeias Globais de Abastecimento, tendo em vista as iniciativas governamentais para fomento e atração de investimentos e PD&I.
Os envolvidos avaliaram que o momento traz boas perspectivas para o setor. Segundo Juliana Cardoso, secretária executiva da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo e Invest SP, “ouvir o setor produtivo, os empresários e os investidores é essencial. Iniciativas como esta são fundamentais não só para que possamos estreitar a relação entre governo e setor produtivo, mas também para tomar as melhores decisões”. A secretária executiva destacou que a pasta engloba setorialmente as indústrias mais pujantes do Estado, como a química, de alimentos e bebidas e saúde e fármacos. Afirmou ainda que o processo de interiorização da saúde será uma excelente oportunidade para as empresas de dispositivos médicos.
Fernando Silveira Filho, presidente-executivo da ABIMED, destacou duas mensagens importantes compartilhadas pela secretária executiva: a possibilidade de novos investimentos com a utilização de recursos de créditos suplementares e a nova política para o mercado, trazendo investimentos para tornar São Paulo um hub de exportação, o que deve favorecer o segmento de dispositivos médicos.
“Nossa prioridade é entregar tecnologias que resolvam problemas de saúde”, afirmou Diogo Penha Soares, coordenador geral de Base Mecânica, Eletrônica e de Materiais (CGMEC/DECEIIS) do Ministério da Saúde. Ele destacou a recriação do Grupo Executivo do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (Geceis), para fortalecer a produção e inovação no setor. Por meio de transferência de tecnologia, a meta é que 70% dos produtos de inovação adquiridos pelo SUS sejam nacionais, ou seja, de cada R$ 10,00 gastos, que R$ 7,00 sejam com a produção nacional. Tudo vai depender, porém, da aprovação da Reforma Tributária, que ele considera fundamental.
Diego Pizetta, coordenador-geral das Indústrias de Fármacos e de Bio e Nanotecnologia do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, lembrou que a política industrial vigente atua com a visão de missão, não com setores. Para a missão da saúde, o objetivo é ter um complexo que seja resiliente e amplie o acesso da população, reduzindo a dependência externa. “A ABIMED será chamada para ajudar a identificar os gargalos e os instrumentos necessários para chegarmos a tal objetivo”, acrescentou.