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Novas Lideranças, Mesmo Foco

Publicado em 07/02/2020 • Notícias • Português

O protagonismo e a solidez das entidades representativas do setor de Saúde no Brasil é uma grande conquista, construída ao longo das últimas décadas. Importante para os poderes púbico e privado, e principalmente para o paciente. Vinculadas a diferentes elos da cadeia, as entidades da Saúde se atualizam diante dos desafios prementes da sociedade brasileira, mas sem nunca perder o foco de atuação: a defesa dos interesses do setor.

Para Walban Damasceno de Souza, diretor de Unidade de Negócio da Becton Dickinson (BD), e presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Produtos para Saúde (Abimed), o trabalho das associações é sempre muito importante para o segmento. “Por mais que seja grande a empresa, por mais atuante que seja, por mais forte que sejam seus departamentos internos, ninguém consegue atuar sozinho e criar legitimidade nas causas em que está advogando”, diz.

Lembra ainda que uma entidade congrega diversos interesses e consegue, de maneira geral, trazer o que é comum ao setor e fortalecer a sua causa, “com ideias novas e propostas inovadoras”, acrescenta. Mas, o mais importante, é que se mantenham como espaços democráticos de discussão e construção.

Sempre em sintonia com as propostas defendidas por seus segmentos, algumas entidades representativas no setor da Saúde tiveram mudanças de comando e também em seus respectivos conselhos entre o final de 2019 e o início de 2020.

Uma das instituições que teve mudanças foi a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed). Quem assume a presidência do Conselho de Administração da Associação é o médico patologista clínico Wilson Shcolnik.

“Chego na Abramed quando a associação comemora dez anos, ao longo de 2020, e estou muito bem acompanhado por conselheiros que trazem importante bagagem e, acima de tudo, um espírito associativo que facilita sobremaneira a condução da nossa entidade”, diz Shcolnik.

A Abramed é uma associação empresarial constituída em 2010, dez anos depois do início da consolidação do setor de medicina diagnóstica. “Sem dúvida, isso estimulou ainda mais a profissionalização do nosso setor. Afinal, as empresas associadas da Abramed são responsáveis por mais de 50% dos exames realizados no setor de Saúde Suplementar”, destaca Shcolnik, que completa: “receber esta missão [de presidente do conselho] envolve a confiança de pares e de executivos que atuam nas empresas associadas”.

O setor de medicina diagnóstica cresceu e era preciso, segundo Shcolnik, adquirir uma representatividade do seu tamanho. “Isso foi conseguido e o mérito é dos fundadores da Abramed e das pessoas que acreditaram e dedicaram esforços para que a associação alcançasse o status atual, reconhecido tanto por autoridades públicas como, também, por executivos e lideranças que atuam no setor privado.” “A Associação mudou a história deste mercado e, na minha visão, é preciso ajudar a manter essa condição”, ressalta o médico Leandro Figueira, que assume a vice-presidência do Conselho de Administração na gestão de Shcolnik. De acordo com Figueira, a atuação da associação tem uma evolução contínua. “Nosso trabalho é por manter o desempenho de crescimento da Abramed nos próximos anos, contribuindo com a agenda regulatória do país, com informações técnicas e precisas, e fazendo com que o setor seja sustentável e transparente.” Segundo ele, questões como ética e compliance, governança, e sustentabilidade no setor de Saúde são bandeiras que a instituição tem desfraldado continuamente.

Figueira atuou por dez anos como diretor-executivo de uma operadora de plano de saúde e há cinco anos é diretor de uma das maiores empresas do país de medicina diagnóstica. “Na Abramed, contribuo com a visão que tenho dos dois lados, com o desafio de tornar a associação um ambiente de equilíbrio para que possamos ajudar mais os outros executivos para fazer com que o setor cresça e seja mais sustentável ao longo do tempo.” Mudanças também aconteceram na gestão da Abimed. Walban Damasceno de Souza assumiu, em janeiro de 2020, a presidência do Conselho de Administração da Associação.

“Nosso plano estratégico é colocar a entidade com mais protagonismo no setor, com mais atuação. Acreditamos que é isso o que realmente guarda correlação com as empresas e o tamanho daquilo que a gente representa. Temos plano de atuação estratégico agressivo e ousado para os próximos dois anos. Ao final deste período, vamos entregar bons resultados junto de nosso conselho, que também está renovado”, afirma Souza.

Ele lembra que outra novidade da Abimed é a maior participação feminina. Simone Agra, gerente-geral da Edwards Lifesciences para a América Latina, é a primeira mulher a ocupar a vice-presidência do Conselho de Administração da Associação. Além disso, a Abimed está abrindo escritório em Brasília (DF) e, desde o final de 2019, tem um novo presidente-executivo: Fernando Silveira Filho. “A chegada do Fernando faz parte da remodelação da gestão da Abimed, que incorpora uma visão mais executiva.” Na oportunidade, também foi designado o Presidente do Conselho Nacional de Gestão em Saúde, órgão colegiado formado por membros convidados e que tem como um dos principais objetivos estruturar a programação científica da Federação para o período. “Viabilizamos ainda a mudança da sede, em ação conjunta com a gestão anterior, em parceria com a Fundação Leonor de Barros Camargo, que permitiu a mudança para o endereço atual, no Jardim Paulista, São Paulo”, informa Marcio Moreira, novo presidente da FBAH.

De acordo com ele, seu maior desafio foi a decisão de se candidatar à presidência e formar uma chapa com pessoas que possuíam os mesmos objetivos. “Levei em conta a minha experiência acumulada em 40 anos de atuação na área da Saúde para tomar essa decisão, e tenho como principal objetivo manter a atuação da FBAH em linha com o legado deixado pelo querido Padre Cherubin.” De acordo com Silveira, um de seus objetivos como diretor-executivo é buscar proximidade com os associados e associações do setor para promover o acesso da população a novas tecnologias, “apoiando as agências reguladoras e as áreas da Saúde, de forma ética e técnica, por meio de contribuições pertinentes para o setor”.

“Na Abimed, temos muitos desafios. O país está numa retomada econômica importante.

Temos muitas coisas a estruturar como associação e militância associativa.

Tenho expectativa muito positiva para o trabalho desta gestão”, pontua Souza.

“PROFISSIONALIZAÇÃO DO NOSSO SETOR.” WILSON SHCOLNIK A nova diretoria da Federação Brasileira de Administradores Hospitalares (FBAH) também acabou de assumir.

A eleição ocorreu em outubro de 2019, quando foi realizado o pleito para a Diretoria Executiva e para o Conselho Fiscal, com a posse dos novos membros acontecendo em 1º de janeiro de 2020 (biênio 2020/2021).

INTEGRAÇÃO No final de 2019 também houve eleições para a nova diretoria da Associação Brasileira de Clínica de Vacinas (ABCVAC). O presidente da entidade, Geraldo Barbosa, permanece na função, mas o quadro diretivo passa a ser composto por oito membros.

Segundo Barbosa, com o propósito de representar o interesse setorial das clínicas de vacinas, na defesa das boas práticas de mercado e pela melhoria contínua na promoção da saúde por meio da vacinação, a ABCVAC atua em todo território nacional. Foi fundada com o objetivo de oferecer suporte às clínicas de vacinação nas áreas de gestão de negócios, administração, tributação, marketing e vendas. A Associação luta para promover a integração entre seus representados e entidades públicas ou privadas ligadas à imunização, procurando soluções técnicas e gerenciais que possam ampliar a qualidade das atividades desenvolvidas pelas clínicas de vacinação.

CONTINUIDADE Consolidar os trabalhos desenvolvidos pelas gestões anteriores e avançar no seu aprimoramento, alcançando novas fronteiras. Esta é a proposta do novo Conselho de Administração do Instituto Ética Saúde, que foi eleito no início de 2020. Eduardo Winston Silva assume o cargo de presidente no dia 1º de março, ao lado da vice-presidente Maria Cecília Patrícia Braga Braile Verdi.

Gláucio Pegurin Libório, que presidiu o Conselho desde a criação do Instituto Ética Saúde, há cinco anos, permanece na nova gestão, mas como secretário.

Para o presidente eleito, a palavra de ordem é continuidade.

“O trabalho que vem sendo feito está na direção correta, logo a ideia é que não haja rupturas e sim o seu avanço e inovação contínua. O Instituto Ética Saúde vem crescendo em seu impacto e representatividade.

Vamos refinar e ajustar constantemente o foco para seguirmos neste caminho”, finaliza Silva.

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Fonte: Revista HealthCare Management

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