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Novo formato de negócios favorece o atendimento.

Publicado em 01/08/2016 • Notícias • Português

A adoção de novos modelos de negócios está permitindo a oferta de atendimento à saúde com custos baixos proporcionados por ganhos de escala e uso de tecnologia. Um exemplo é a rede de clínicas Minuto Med, com consultas a partir de R$ 89 para atendimento de casos de baixa complexidade com base em conceito de varejo, com instalações em locais de alto fluxo de pessoas, como shopping centers, onde hoje estão instaladas suas três unidades, duas em São Paulo e uma em Guarulhos.

Os planos são de abrir mais duas unidades até o início de 2017. O perfil do paciente é principalmente aquele não atendido por planos de saúde em busca de atendimento imediato. A oferta inclui consultas, procedimentos simples, avaliações e checkups, com pacotes formatados para diferentes perfis, como mulheres ou esportistas. As principais queixas, segundo Don Cordeiro, sócio do negócio, são sinusites, artroses, intoxicações alimentares (no verão) e infecções pulmonares (no inverno) e todo mês o crescimento fica entre 5% e 20%. “O tempo médio de espera é de até dez minutos, e de consulta, 20 minutos”, diz.

Já o cirurgião cardiovascular e empreendedor Marcus Vinícius Gimenes criou o serviço Consulta do Bem para preencher o hiato entre consultas populares e privadas de alto custo. A ideia é oferecer diretamente ao paciente consultas com valor mais próximo do que é pago pelos planos de saúde, em horários ociosos das clínicas. O pulo do gato é garantir a presença do paciente na clínica com solicitação de seu cartão de crédito para confirmação da consulta, eliminando o absenteísmo de 30%, em média, que costuma impactar os custos do atendimento.

O serviço oferece agendamento de consultas no consultório, com valor a partir de R$ 58. A média é de R$ 80, com pagamento ao médico em 48 horas – o valor pago pelos planos de saúde fica em torno de R$ 30, pago em 90 dias. A cobertura se restringe à Grande São Paulo, Campinas e litoral do Estado, com mais de 800 clínicas, 2.000 profissionais e 400 mil horários mensais de consulta disponíveis, dos quais 10% são ocupados via app. Este ano o serviço deve incluir laboratório. O próximo passo é a expansão nacional. “A maior parte das pessoas que atendemos não tinha acesso à saúde, estaria na fila do SUS”, diz Gimenes.

As franquias também ajudam a reduzir o preço na ponta graças a ganhos de escala. A GlobalMed já conta com duas unidades em operação, uma delas própria, e mais três em reforma, para oferecer mais de 30 especialidades médicas e 2 mil tipos de exames, além de pequenos procedimentos e cirurgias em hospitais parceiros, com custos em média 70% menores que os valores normalmente praticados pelas instituições privadas, afirma o presidente Bruno Carvalho. As consultas variam de R$ 55, para sessões de fisioterapia, a R$ 140, para especialidades como psiquiatria e geriatria.

Uma das novidades é o pagamento dos profissionais baseado nos quesitos produtividade e qualidade de atendimento, com redução no caso de avaliações desfavoráveis. Processos internos de organização, suportados por tecnologia, colaboram para a agilidade no atendimento, que pode ser agendado por site, chat on-line ou aplicativo. Até o final de 2017, a meta é inaugurar 25 novas unidades, para atender 600 mil pacientes ao ano. Hoje são 13 mil pacientes, com 2 mil atendimentos ao mês.

O modelo de franquias ajudou a transformar o atendimento odontológico. A rede Odontoclinic nasceu em 1997 para oferecer acesso a tratamentos, principalmente aparelhos odontológicos. O negócio foi adquirido pelo fundo Bravia em 2010 e, depois de investimentos em processos e tecnologia de gestão, hoje soma 132 clínicas em operação, uma delas própria, onde são testadas inovações como o Everest, novo modelo de aparelho que reduz em 25% o tempo de tratamento desenvolvido com exclusividade em parceria com a 3M e base em impressão 3D.

As vendas chegam quase a 2 mil casos e devem fechar o ano com 10 mil, entre os 30 mil casos vendidos ao ano. “A redução no tempo do tratamento implica redução do custo para o paciente e melhoria da margem para o franqueado”, diz o sócio diretor Lucas Romi. Já a Ortoplan, com 55 unidades, busca concentrar atendimento multidisciplinar para reduzir o custo de operação para os profissionais que compartilham as clínicas e este ano conseguiu manter crescimento de 7% com oferta de autofinanciamento em até 18 vezes ou dez vezes sem juros para os tratamentos, por cartão de crédito, cheque pré-datado e mesmo carnês.

Fonte: Valor Econômico

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