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O ano das compras
Publicado em 08/01/2016 • Notícias • Português
A recente aquisição do laboratório irlandês Allergan. dono da marca Botox, pela farmacêutica americana Pfizer por cerca de 160 bilhões de dólares foi o maior negócio do ano e o segundo maior da história — ficou atrás apenas da compra da alemã Mannesmann pela americana Vodafone em 1999, ambas do setor de telefonia. O anúncio, porém, só reforçou uma tendência que estava clara. O ano de 2015 nem chegou ao fim. mas já é o primeiro em que a soma total de fusões e aquisições realizadas por empresas americanas no mercado doméstico e no exterior ultrapassou a marca de 2 trilhões de dólares. A área de saúde, que já era o setor mais aquecido, passou dos 600 bilhões de dólares com o anúncio da Pfizer. O segundo setor mais aquecido entre janeiro e outubro de 2015 foi o de tecnologia. As fusões e aquisições nos primeiros dez meses do ano somaram 430 bilhões, mais do que o dobro do valor para o mesmo período de 2014 e superior às marcas registradas antes do estouro da bolha da internet no ano 2000. A movimentação maior do setor de M&A, sigla para mergersandacquisitions (‘”fusões e aquisições”, em inglês), tem várias causas. No caso da Pfizer, a compra da farmacêutica irlandesa abre a possibilidade de mudar a sede para a Europa e, assim, evitar o sistema tributário americano. No setor de tecnologia, a lógica tem sido ganhar escala numa área em crescimento.
Fonte: Exame
