Pixeon compra produtos e carteira da Digitalmed
Publicado em 17/11/2016 • Notícias • Português
A Pixeon, empresa brasileira especializada em sistemas para a área de saúde, acaba de fechar a compra dos produtos e da carteira de clientes da Digitalmed, que desenvolve softwares para laboratórios de análises clínicas. O valor da operação não foi revelado.
O Valor apurou que a companhia levantou R$ 20 milhões com o banco Itaú para financiar a operação. É a quinta operação de fusão e aquisição feita pela companhia, que tem como sócios os fundos Riverwood Capital e Intel Capital.
De acordo com Roberto Ribeiro da Cruz, fundador e presidente da Pixeon, com a Digitalmed, a companhia amplia sua atuação no segmento de laboratórios, adicionando a sua lista de clientes nomes como Salomão Zoppi e Alliar. O negócio também ajudará a Pixeon a atingir a meta de R$ 100 milhões em receita que a empresa havia estabelecido para 2017.
“O mercado de saúde terá muito investimento nos próximos anos”, diz. Segundo Cruz, a Pixeon continua interessada em novas aquisições. Em 2016, a companhia atingirá um potencial de geração de caixa – Ebitda, ou lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – de 24% da receita, o que dá folga para novos investimentos.
A Pixeon tem como carro-chefe a área de radiologia (sistemas que ajudam a gerenciar exames), que responde por 40% das vendas. Hospitais e clínicas representam outros 35%. Com a Digitalmed, os laboratórios passam a ser os 15% restantes.
Assim como a maior parte das empresas de tecnologia, a atuação da Pixeon tem se voltado à oferta de sistemas no modelo de nuvem, que difere do modelo tradicional de venda de licenças porque o acesso é feito por meio de um conexão à internet e o pagamento é proporcional ao número de usuários, o que reduz o investimento inicial necessário.
O mercado de tecnologias para a área de saúde movimenta aproximadamente R$ 1 bilhão no Brasil. Os investimentos crescem a uma taxa de 12% a 14% ao ano, o dobro da média mundial, segundo Cruz.
Na avaliação do executivo, o processo de profissionalização do mercado, com investimento de grandes grupos, como a americana United Health, que comprou a operadora de saúde Amil, tende a aumentar a busca por eficiência nas operações, o que levará a um aumento no uso de tecnologia. ” Hoje só 33% das instituições de saúde no país usam sistemas de gestão integrado”, diz.
Fonte: Valor Econômico