Pontos fortes e fracos do sistema de saúde do Brasil
Publicado em 12/01/2024 • Notícias • Português
A iniciativa global Partnership for Health System Sustainability and Resilience (PHSSR) lançou um relatório que identificou pontos fortes e fracos do sistema de saúde do Brasil e apontou mais de 40 recomendações de políticas públicas que podem ser implementadas. Inédito no País, o documento foi publicado na revista Iniciativas em ESG – Associadas ABIMED, que pode ser acessada aqui.
O Brasil é o primeiro país da América Latina a integrar a PHSSR, que foi criada em 2020 a partir de uma parceria entre a London School of Economics, o Fórum Econômico Mundial e a AstraZeneca. Atualmente, inclui parceiros como a Organização Mundial da Saúde, Philips e KPMG e está presente em mais de 30 países.
As recomendações visam tornar o sistema de saúde brasileiro mais resiliente e sustentável, abrangendo sete domínios:
- Governança: aprimorar a regulamentação dos princípios do SUS (universalidade, integralidade, descentralização e participação social) para garantir um progresso sustentável e equitativo, além de integrar informações de saúde disponíveis e bancos de dados de diferentes fontes, públicas e privadas;
- Financiamento: estabelecer um aumento progressivo de recursos financeiros aplicados no Sistema Único de Saúde, de 4% para 6% do PIB em 10 anos, visando dar maior sustentabilidade ao sistema e redefinir critérios para alocar financiamento e outros recursos no SUS de acordo com as necessidades populacionais e epidemiológicas;
- Medicamentos e Tecnologia: fortalecer as políticas de tecnologia em saúde e de desenvolvimento produtivo para garantir o acesso universal e maior competitividade da produção local, além de priorizar a transformação digital do sistema de saúde;
- Força de trabalho: articular políticas de saúde e de educação para alinhar a formação técnica, graduação, residência e pós-graduação de acordo com as necessidades do sistema e desenvolver competências em saúde digital;
- Prestação de serviços de saúde: priorizar a atenção primária como a principal fonte de acesso para cuidados integrais e estabelecer ações emergenciais para abordar necessidades de saúde não atendidas, que foram agravadas pela pandemia de Covid-19;
- Saúde da população e determinantes sociais: aprimorar a regulamentação de atividades e práticas comerciais que afetam a saúde, incluindo tabaco, alimentos não saudáveis e/ou álcool, e fortalecer a capacidade de ação intersetorial para elaborar políticas para o segmento;
- Sustentabilidade ambiental: fomentar a participação do setor de saúde nas pautas ambientais, incluindo estratégias de fortalecimento do SUS na região amazônica e fortalecimento do protagonismo de comunidades locais, além da transição para fontes de energia verde no SUS.