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Resultado da SulAmérica é favorecido por alta de receitas operacionais.

Publicado em 01/08/2016 • Notícias • Português

A seguradora SulAmérica registrou lucro líquido de R$ 126,4 milhões no segundo trimestre, leve avanço de 0,5% na comparação com o mesmo período de 2015. Na mesma base de comparação, o total de receitas operacionais subiu 6,9%, para R$ 4,12 bilhões.

A companhia destaca que o aumento da receita ocorreu mesmo após o desinvestimento de carteiras do segmento de outros ramos elementares, anunciado no fim de 2015. “A perda de resultado de alguns ramos foi mais que compensada pelo bom desempenho de outros”, afirmou a empresa.

As receitas operacionais de seguros subiram 7,6% na comparação anual, passando para R$ 3,96 bilhões. O destaque fica com o segmento saúde e odontológico, que apresentou alta de 15,2%, com receita de R$ 3,01 bilhões no trimestre. As demais áreas apresentaram queda na receita: automóveis recuou 7,6%, ramos elementares perdeu 57,2% e vida e acidentes pessoais teve baixa de 2,5%. Houve ainda recuo de 6,2% nas receitas da previdência e baixa de 14,9% em capitalização.

Segundo a SulAmérica, o resultado financeiro registrou contribuição relevante para o lucro, com crescimento de 19,7%. A receita financeira líquida foi de R$ 232,3 milhões de abril a junho.

O índice combinado – indicador que mede a eficiência operacional da seguradora e quanto menor, melhor – subiu 1,2 ponto percentual, passando de 100,1% no segundo trimestre do ano passado para 101,3% neste ano.

A sinistralidade avançou 1,9 ponto percentual no trimestre, ante o mesmo período do ano passado, e atingiu a marca de 77,5%. As maiores altas ocorreram nos ramos de automóveis, com elevação de 7,9 pontos percentuais no indicador, passando para 67,6%. Do lado oposto, vida e acidentes pessoais apresentou recuo de 18,5 pontos percentuais, passando para 32,7%. O segmento de saúde e odontológico, área com a sinistralidade mais alta, conseguiu reduzir o indicador em 0,4 ponto, passando a 82,1%.

“O resultado consolidado apresentado no segundo trimestre de 2016 é especialmente importante quando considerado o forte desempenho do mesmo período de 2015, combinado à forte retração econômica, piora nos índices de desemprego e aumento da carga tributária”, afirmou a seguradora.

O segmento de automóveis foi o mais afetado pelo cenário macroeconômico, segundo o presidente da SulAmérica, Gabriel Portella. Além da desaceleração na venda de veículos novos, houve uma desvalorização mais forte dos veículos usados e um competição acirrada entre as seguradoras. Em saúde, mesmo com o desemprego crescendo desde 2014, a boa aceitação do produto e as oportunidades de mercado fizeram com que a tendência negativa fosse compensada, segundo o executivo. “Os efeitos são inúmeros e muito diferentes. Mesmo assim, o fato de operar em várias áreas faz com que em anos como esse seja possível compensar perdas de um segmento por outro e apresentar o crescimento da ordem de 6%”, disse Portella.

Fonte: Valor Econômico

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