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Samaritano será plataforma para Amil crescer em SP

Publicado em 07/01/2016 • Notícias • Português

O Hospital Samaritano será a plataforma de expansão para o negócio de hospitais da Amil em São Paulo. Na sexta-feira, foi confirmada a venda do Samaritano à americana UnitedHealth Group, dona da Amil, conforme o Valor havia antecipado há duas semanas.

“Não há intenção de verticalizar o Samaritano. A ideia é que ele seja uma plataforma de crescimento que pode vir de aquisições ou greenfield com a marca Samaritano”, disse Luiz De Luca, presidente do Samaritano. Há quatro anos, a Amil também comprou o Samaritano do Rio de Janeiro. Segundo De Luca, não haverá tabela de preço diferenciada para a Amil, que hoje representa cerca de 8% da receita. As maiores fontes pagadoras são Bradesco Saúde e SulAmérica.

Em São Paulo, a Amil tem 19 hospitais próprios como o Paulistano, Alvorada e Vitória que atendem prioritariamente clientes da Amil, mas também de outras operadoras. A UnitedHealth informou, por meio de comunicado, que “pretende contribuir para fortalecer a liderança do Hospital Samaritano em serviços médicos de excelência aos seus pacientes.”

Segundo fontes do setor, a transação foi de cerca de R$ 1,3 bilhão. Os recursos irão para um fundo patrimonial criado para a Associação Samaritano. “Vamos aplicar os recursos em investimentos financeiros e com o ganho real vamos patrocinar projetos sociais e de saúde”, diz William Bennett, presidente da Sociedade Samaritano.

O processo de transição levará entre seis e nove meses. A partir desta data, o Samaritano torna-se um hospital com fins lucrativos. No último triênio (2012 a 2014), o Samaritano teve isenção de tributos no valor de R$ 90 milhões que foram alocados em programas do Ministério da Saúde. Entre 2015 e 2017, o valor da renúncia é de R$ 110 milhões, mas essa isenção será negociada com o Ministério da Saúde, uma vez que o hospital deixará de ser filantrópico.

Bennett conta que partiu da própria sociedade encontrar um comprador para o hospital. “Há 10 anos procurávamos a melhor forma de investir mais em filantropia. Quando a lei permitindo o capital estrangeiro foi aprovada, em janeiro, fomos em busca de ideias. Conseguimos um modelo em que o hospital fará parte de um grupo global e a sociedade poderá investir em filantropia”, disse o presidente da Sociedade.

De Luca diz que o Samaritano terá acesso à tecnologia de última geração como cirurgia robótica. A UnitedHealth é dona da Optum, empresa de tecnologia que atende vários grupos de saúde nos Estados Unidos. “Participar de um grupo internacional é nova frente motivadora. É difícil competir sozinho. Os últimos quatro anos foram ótimos, mas precisamos olhar a longo prazo e a tecnologia será essencial na área da saúde”, disse De Luca, que já trabalhou com Edson Bueno, fundador da Amil.

Neste ano, o Samaritano terá receita de R$ 590 milhões, ou 15,6% mais em relação a 2014.

Fonte: Valor Econômico

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