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Samu de Haddad piora e demora demais

Publicado em 25/05/2016 • Notícias • Português

As ambulâncias do Samu estão demorando mais tempo para conseguir prestar atendimento de urgência nas ruas da cidade de São Paulo.
Em 2015, a demora cresceu em quatro de cinco regiões em relação ao ano anterior e, na zona sul, já supera 15 minutos, conforme dados obtidos pela Folha via Lei de Acesso à Informação. O padrão de referência aceito por parâmetros internacionais varia de 10 a 12 minutos.
O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi criado em 2003, é acionado pelo telefone 192 e faz parte da Política Nacional de Atenção a Urgências. Cabe ao governo federal repassar 50% do valor de custeio do serviço, compartilhado com Estados e municípios —na capital, está a cargo da gestão de Fernando Haddad (PT).
O levantamento considera os atendimentos de nível 1 do Samu —prioridade absoluta, para casos em que há risco de morte e requerem encaminhamento imediato da vítima ao hospital. Quanto maior a espera,menores as chances de sobrevida após um atropelamento ou acidente com poli traumatismo, por exemplo.
“Esse padrão tem que ser o mais rápido possível”,diz Dirceu Rodrigues Alves Junior, da Abramet (Associação Brasileira de Medicina de Tráfego),lembrando que “a ambulância tem dificuldade para circular no meio do trânsito” de grandes centros urbanos.
Em São Paulo, a piora nos resultados contrasta com a melhora do trânsito na cidade entre 2014 e 2015, segundo medição da CET—resultado parcialmente explicado pela crise econômica, que reduz a quantidade de viagens.
Questionada, a prefeitura diz que aspectos como distância e dificuldade de acesso afetam os tempos de chegada das ambulâncias aos locais das ocorrências,mas não detalha os motivos da piora em 2015 nem as informações sobre as equipes —como as possíveis mudanças no número de veículos disponíveis.
tempo médio Das cinco regiões em que a cidade é dividida para atendimento do serviço de saúde, duas ficaram no ano passado com padrão de socorro acima de 12 minutos: centro-oeste e sul. Em 2014, não havia nenhuma área nessa situação.
O tempo médio para a chegada da ambulância do Samu na centro-oeste foi de 13 minutos e 8 segundos. Na sul, 15 minutos e 8 segundos, uma piora próxima de 40%.
Alves Junior, da Abramet, avalia ser preciso distribuir melhor as ambulâncias pela cidade, colocando-as mais próximas de regiões em que estatisticamente ocorrem mais acidentes de trânsito.
Ele considera, ainda assim, haver qualidade no Samu.
“Temos um bom serviço, bem treinado, com gente especializada. A única coisa é a dificuldade de remoção. Tanto é que estamos vendo que resgate aéreo está sendo mais frequente.” O serviço chegou a receber, há quase quatro anos, um certificado internacional de qualidade.
Em São Paulo, além do Samu, há o pronto-atendimento do Grau (Grupo de Resgate e Atenção às Urgências e Emergências), pelo telefone 193.

Fonte: Folha de São Paulo

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