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Segmento premium tem mais resiliência durante crise

Publicado em 01/08/2016 • Notícias • Português

O segmento premium, voltado para as faixas A e B da população, tem sido pouco afetado pela recessão, tanto pela capacidade financeira dessa faixa de público quanto pelo nível de eficiência operacional alcançado pelas instituições top de mercado. “Nossa opção por atender os segmentos premium, com a marca Fleury, e intermediário alto, como a A , nos garantiu uma resiliência alta nessa época de crise”, diz Carlos Marinelli, presidente do grupo Fleury, de medicina diagnóstica, cuja receita bruta aumentou 12,5% no primeiro trimestre de 2016, atingindo o recorde de R$ 558,6 milhões, com expansão de 40,6% do lucro líquido, para R$ 44,7 milhões.

A empresa também investiu em metodologias mais eficazes para obter custo menor e maior eficiência, além de prosseguir investindo na qualidade do serviço. O maior desafio do Fleury no momento, segundo Marinelli, é capturar as oportunidades de crescimento que surgirem. “Fizemos a lição de casa muito antes da crise, com uma gestão bastante forte de custos”, afirma.

Com faturamento bruto de R$ 1,64 bilhão no ano passado, 15% maior do que em 2014, o Hospital Sírio-Libanês não registrou queda de demanda. O hospital, que busca maior eficiência com a gestão de tecnologias e pessoas, mantém seu plano de investimento em novas unidades e expansão da capacidade de sua sede, em São Paulo, onde conclui a construção de três novas torres, aplicando R$ 827 milhões entre 2009 e 2017. Seguindo o conceito de menor impacto ambiental, os novos prédios propiciaram economia de 40% no consumo de água e de 23% no uso de energia elétrica. “Esses investimentos ajudaram a conter gastos e permitiram maior utilização de nossos ativos. Com maior receita, houve diluição dos custos fixos”, diz Paulo Chapchap, CEO do Sírio-Libanês.

Já o Hospital Alemão Oswaldo Cruz obteve uma receita bruta 20% maior no primeiro semestre, graças à inauguração de um centro de oncologia e contenção de gastos, a partir da revisão de processos, capacitação de funcionários e estratégia de maior proximidade com os médicos. Em 2015, a receita líquida somou R$ 589,6 milhões e o lucro líquido, R$ 48,4 milhões, 61% superior ao de 2015.

O hospital vai investir este ano R$ 90 milhões na infraestrutura de sua sede, no bairro do Paraíso, em São Paulo, e R$ 140 milhões entre 2016 e 2017 em uma nova unidade no bairro da Liberdade. Segundo Paulo Vasconcellos Bastian, superintendente executivo do Oswaldo Cruz, por gerir melhor os recursos e controlar melhor os custos, o hospital também convive com uma inflação menor, mais próxima à oficial do país.

Com uma carteira de 125 mil associados, a operadora Omint fechou 2015 com faturamento 21% maior, de R$ 1,17 bilhão. Em 2016, o número de usuários de seus planos de saúde manteve-se estável, interrompendo uma trajetória de crescimento de 14% anuais em média nos últimos anos. Segundo Cícero Barreto, diretor comercial e de marketing da Omint, a operadora consegue maior fidelização dos clientes graças a programas de gestão de saúde de seus associados, como gerenciamento de idosos, e contato direto com os usuários. Já a SulAmérica aumentou sua carteira para 7 milhões de clientes no primeiro trimestre, 5,4% acima de mesmo período de 2015, com receita operacional de R$ 2,9 bilhões, 13,5% maior. Segundo Maurício Lopes, vice-presidente de Saúde e Odonto da seguradora, as empresas clientes da SulAmérica têm mantido os benefícios para os funcionários sem alterações significativas.

Fonte: Valor Econômico

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