Setembro Vermelho: foco na saúde do coração e o papel determinante dos dispositivos médicos
Publicado em 30/09/2024 • Notícias • Português
Novas tecnologias desenvolvidas pelos fabricantes permitem uma abordagem mais eficaz e personalizada para cada paciente, combinando inovação, educação e conscientização para uma vida mais saudável
A campanha “Cores pela Vida”, que no mês de setembro tem como foco a saúde do coração, não só promove a conscientização sobre tratamentos de doenças cardiovasculares, como destaca como a tecnologia está envolvida para a prevenção dos quadros clínicos.
A lei nº 14.747, de 5 de dezembro de 2023, instituiu o mês de setembro como o Mês de Conscientização sobre as doenças cardiovasculares. Essa lei prevê uma campanha de conscientização sobre: cardiopatia isquêmica, cardiopatia congênita, doenças da aorta e doenças das válvulas cardíacas.
Segundo dados do Ministério da Saúde, no Brasil, as doenças cardiovasculares acometem cerca de 14 milhões de pessoas, e afetam desproporcionalmente o estrato mais vulnerável da população, que tem grande dificuldade no acesso a cuidados de saúde de alta qualidade. Um estudo da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp) apontou que 23% dos brasileiros nunca foram ao cardiologista.
Nesse cenário, os fabricantes de dispositivos médicos também têm um papel crucial ao fornecer tecnologias que ajudam no diagnóstico precoce combinando inovação, educação e conscientização para uma vida mais saudável. Novas tecnologias desenvolvidas pelos fabricantes surgem a todo o momento, tais como dispositivos de monitoramento remoto, stents de última geração e tecnologias preditivas que permitem uma abordagem mais eficaz e personalizada para cada paciente.
A Edwards Lifesciences, empresa especializada em inovações médicas para doenças cardíacas estruturais, compartilhou alguns dados sobre uma condição cada vez mais comum, que é a doença valvular cardíaca, uma preocupação crescente na Europa, em que as chances de desenvolvê-la aumentam com a idade. As estimativas sugerem que, aos 75 anos de idade, a prevalência da doença seja superior a 13%, e em 2040, 155 milhões de europeus terão mais de 65 anos, o que significa que a doença está prestes a apresentar um crescimento exponencial: ou seja, 20 milhões de pessoas com mais de 65 anos com doença valvular cardíaca. Vale lembrar que existem várias opções de tratamento para doenças valvares cardíacas. Na maioria das vezes, é necessária uma cirurgia ou um procedimento transcateter para reparar ou substituir a válvula cardíaca danificada.
Outra doença recorrente é a estenose aórtica, cuja prevalência aumenta com a idade, em que uma a cada oito pessoas com mais de 75 anos tem doença valvar moderada ou grave. À medida que a população envelhece, essa condição se torna um importante problema de saúde pública, e a única maneira eficiente de tratar a estenose aórtica grave é substituindo a válvula danificada por uma válvula protética artificial. Isso pode ser feito através da substituição da válvula aórtica cirúrgica (SAVR) ou implante da válvula aórtica transcateter (TAVI). A nova válvula pode ser uma válvula mecânica ou bioprotética, lembrando que no caso da TAVI ela é apenas biológica
Como explica a médica cardiologista intervencionista dos Hospitais Beneficência Portuguesa de São Paulo e Oswaldo Cruz, com especialização em Pesquisa clínica pela Universidade de Harvard, Fernanda Mangione, as doenças cardiovasculares são as que mais matam no Brasil, oito vezes mais que o câncer de mama, sendo o infarto e o AVC as mais frequentes. “Cerca de 80% de todas essas doenças podem ser evitadas com prevenção, com exames de rotina, atenção a fatores de risco como hipertensão, diabetes, colesterol alto, sedentarismo, tabagismo, estresse, ansiedade, depressão e, sobretudo, com exames de ausculta cardíaca bem feitos, com um bom exame clínico”, orienta.