Startup cria aplicativo para mapear regiões com surtos e epidemias
Publicado em 16/08/2016 • Notícias • Português
Uma startup de Recife criou um aplicativo para que os brasileiros reduzam o risco de contaminação por doenças e epidemias em território nacional. Batizada de Guardiões da Saúde, a plataforma permite que o usuário informe sua condição de saúde, reportando quais sintomas está sentindo. O sistema coleta os dados e informa quais regiões estão com mais ocorrências de casos com sintomas relacionados ou já diagnosticados.
Em operação desde março, o aplicativo trabalha com três tipos diferentes de síndromes. Podem ser reportados os arbovírus (dengue, zika e chikungunya), síndrome respiratória (Influenza) e doenças diarreicas, causadas geralmente por infecções alimentares.
A ideia levou a Epitrack à vitória do The Venture Brasil 2015, etapa brasileira da competição de empreendedorismo social. Na final, em Nova York, ficaram no top 27 entre startups de todo o mundo na The Venture Global. Hoje, são nove pessoas trabalhando na empresa, que está sendo acelerada pela Artemisia e participa do programa de mentoria da Braskem Labs. A empresa não abriu o valor arrecadado neste ano. Mas em 2015, faturou R$ 2,5 milhões.
Ao acessar o Guardiões da Saúde, o usuário responde como está a sua saúde e reporta eventuais sintomas, que são mostrados em uma lista específica. A startup faz a combinação entre sintomas semelhantes enviados por uma quantidade mínima de pessoas, e coleta as coordenadas dos smartphones para informar quais cidades estão afetadas por determinadas doenças.
Além disso, o aplicativo faz mais três perguntas que considera estratégicas. O usuário deve informar se visitou algum outro país nos últimos 14 dias, se procurou algum posto de saúde para tomar algum medicamento e se conhece alguém apresentando os mesmos sintomas que o seu em determinada região.
“É uma plataforma digital de detecção de doenças. Nós fornecemos os dados em tempo real para o governo, para que eles tomem decisões antecipadas”, explica Onício Batista Leal Neto, CEO e co-fundador da Epitrack. Ele informa que a startup tem parceria com o Ministério da Saúde, que adotou sua plataforma como um sistema de saúde.
A empresa também é financiada pela Skoll Global Threats Fund, empresa americana que financia projetos de combate a epidemias. “Quem sustenta nossa estrutura são alguns fundos e os contratos do governo”, revela.
Fundada em julho de 2013, a Epitrack conta com outros trabalhos em seu portfólio. Na Copa do Mundo de 2014, Leal Neto e seu sócio Jones Albuquerque lançaram seu primeiro aplicativo, o Saúde na Copa. A plataforma tinha o objetivo de identificar a ocorrência de surtos e epidemias durante o mundial no Brasil.
Em novembro de 2014, a startup conheceu a sua atual financiadora, a Skoll, que procurou os brasileiros para tirar um projeto acadêmico do papel. A empresa foi contratada para realizar o desenvolvimento do Flu Near You, plataforma que hoje opera nos Estados Unidos focada apenas na detecção do vírus influenza. A administração é feita direto de sua sede, em Recife.
A Epitrack foi a vencedora do The Venture Brasil 2015, etapa brasileira da competição de empreendedorismo social. Na final, em Nova York, ficaram no top 27 entre startups de todo o mundo na The Venture Global. Hoje, são nove pessoas trabalhando na empresa, que está sendo acelerada pela Artemisia e participa do programa de mentoria da Braskem Labs.
Fonte: DCI – Diário do Comércio e da Indústria site