Tecnologia ajuda a monitorar a saúde dos atletas
Publicado em 28/04/2016 • Notícias • Português
As tecnologias de big data e computação em nuvem vão trabalhar pela saúde dos atletas durante os jogos olímpicos. A GE trouxe para o Brasil a solução Centricity Practice Solution (CPS), que será empregada na Policlínica e nas demais instalações (venues) do evento. “O objetivo é permitir o acompanhamento de todas as interações dos atletas em caso de intercorrência, diagnóstico de enfermidade ou trauma”, explica Paulo Benevicius, diretor de Healthcare IT da GE Healthcare para a América Latina.
A solução centraliza todas as informações de saúde de cada atleta, incluindo aquelas oriundas de jogos anteriores e as informações médicas históricas individuais. O Comitê Olímpico Internacional (COI) se responsabilizou pelo carregamento das informações, armazenadas em nuvem e disponíveis via web para qualquer eventualidade. Juntas, elas permitem ainda aplicações com apoio de big data como análises setoriais por esporte, país ou grupo de atletas, para gerar mais aprendizado e embasar melhores decisões sobre tratamentos e treinamentos.
A ferramenta é empregada há décadas nos Estados Unidos, mas foi adotada pela primeira vez para a Olimpíada pelo comitê olímpico americano (USOC, na sigla em inglês) em Londres, em 2012. Dois anos depois, foi aplicada de maneira universal durante a Olimpíada de Inverno em Sochi, na Rússia e, além do Rio de Janeiro, seu emprego já está contratado para os próximos jogos.
Dados do USOC indicam que, nos últimos quatro anos, o sistema colaborou para reduzir em 60% ao ano as cirurgias relacionadas a lesões por esforço na equipe feminina americana. Além disso, durante os Jogos Paralímpicos de Sochi, um atleta com lesão medular causada por uma queda de esqui na neve e levado para Frankfurt, na Alemanha, teve tratamento direcionado pela verificação via smartphone de seu histórico médico armazenado no sistema, como a alergia a determinados medicamentos e a quantidade de anticoagulantes que ele já tinha ingerido.
O CPS é integrado a soluções já maduras no Brasil e também implantadas na Policlínica, como as ferramentas de gestão de radiologia e de tratamento de imagens radiológicas (RIS e PACS, respectivamente) – a GE também fornece os equipamentos empregados na clínica na Barra da Tijuca. Com o sistema, os médicos poderão acessar histórico, estudos e imagens em um único ponto de contato.
As informações são estruturadas em formulários com orientações pré-determinadas por um grupo de médicos do COI. “As perguntas para o processo de atenção à saúde são padronizadas para que possam ser usadas em análise de big data”, detalha Paulo.
Fonte: Valor Econômico