Unilever e Nestlé aumentam vendas nos emergentes
Publicado em 15/04/2016 • Notícias • Português
Os mercados emergentes ajudaram as multinacionais Unilever e Nestlé no primeiro trimestre. Sem considerar variações cambiais e efeitos de aquisições, as vendas da Unilever nesse rol de países aumentaram 8,3%, ante crescimento de 5,4% verificado um ano antes. Na Nestlé, a expansão orgânica nos emergentes foi de 5,6%, enquanto nos mercados desenvolvidos ficou em 2,5%.
“O Brasil foi resiliente diante do agravamento da situação macroeconômica”, informou a Nestlé, no seu relatório de resultados. A maior fabricante de alimentos do mundo teve receita global de 20,9 bilhões de francos suíços (US$ 21,6 bilhões) de janeiro a março, aumento de apenas 0,1% sobre igual período de 2015. Nas vendas orgânicas (sem efeitos cambiais e aquisições), o aumento foi de 3,9%.
A Unilever registrou queda de 2% das receitas no primeiro trimestre, frente a igual período do ano passado, para € 12,5 bilhões, com as taxas cambiais desfavoráveis ofuscando o crescimento do volume e o aumento dos preços.
Ambas registraram aumento no volume vendido superior ao previsto pelo mercado. Na Nestlé, o total de produtos vendidos subiu 3% de janeiro a março – os analistas consultados pela Bloomberg esperavam alta de 2,5%. Na Unilever, o avanço de volume foi de 2,6%, puxado principalmente por itens de limpeza, que tiveram acréscimo de vendas de 4,5% no período.
A Unilever tem trabalhado para mitigar o impacto de um ambiente macroeconômico turbulento, aumentando os preços e apostando em versões premium de seus produtos. “Estamos mantendo o ímpeto apesar do ambiente externo mais complicado, com todas as quatro categorias de produtos da companhia ganhando participação de mercado”, disse Paul Polman, CEO da Unilever, referindo-se às grandes categorias do grupo: cuidados pessoais, produtos alimentares, limpeza da casa e bebidas.
A fabricante do sabão para roupas OMO e dos sabonetes Dove afirmou que entregou crescimento de dois dígitos nas vendas orgânicas na América Latina. O avanço foi impulsionado pelo reajuste de preços praticados para compensar os custos mais altos de insumos em moedas locais, em especial no Brasil e na Argentina. Mas houve também aumento de volumes nos segmentos de cuidados pessoais, produtos de limpeza e alimentos, “apesar das condições macroeconômicas desafiadoras”.
Fonte: Valor Econômico