Vêm aí os seguros de nova geração
Publicado em 28/06/2016 • Notícias • Português
Como inserir o seguro na jornada digital dos consumidores? A resposta vale milhões de dólares e é discutida por centenas de empreendedores ligados a startups que surgem para atender o tradicional mercado segurador, ávido para garimpar oportunidades na onda da internet das coisas (IoT). Para Fernando Cesar, gerente da área de soluções OEM e IoT da Dell na América Latina, as tecnologias de IoT e também de big data analytics estão na base dos chamados seguros de nova geração. “A adoção em larga escala dessas tecnologias vai ampliar a tendências do “seguro como serviço” (IaaS – Insurance as a Service), “seguro baseado em uso” (UBI – Usage Based Insurance) e do “seguro com intervenção preventiva”.
O conceito de “seguro como serviço” está relacionado com a contratação flexível, apenas dos itens de interesse do consumidor, durante o período necessário. A telemetria em tempo real proporcionada pela tecnologia de IoT permitiria contratar uma apólice só ativada quando necessária.
Já o seguro baseado em uso, que também tem como base o uso de técnicas de telemetria em tempo real, permitiria variar o valor do seguro de acordo com o perfil de uso do seguro. A Porto Seguro testa a tecnologia com um grupo de jovens motoristas e a Liberty Seguros está com um projeto piloto em 160 automóveis. Segundo a empresa, a expectativa é investir US$ 50 milhões por ano no projeto, com a compra de 50 mil aparelhos por mês.
O seguro com intervenção preventiva coleta informações no mundo virtual e cruza dados com o big data para gerenciar riscos e intervir junto ao segurado antes de um possível sinistro. Camilo Ciuffatelli, gerente de tecnologia da Tokio Marine, afirma que a tecnologia IoT já é aplicada no seguro de transporte de cargas. “O monitoramento do veículo e das cargas auxilia na logística, na prevenção de roubos e recuperação de cargas”, conta. Ele também cita o uso de chip para monitorar bagagens, auxiliando os clientes de seguro viagem. No segmento de vida e saúde, o controle de pressão e batimentos cardíacos por meio de pulseiras, ajudam a acionar o seguro saúde em caso de uma anomalia para atendimento de urgência. No mundo o uso de drones também já ajuda de forma eficiente as seguradoras em várias frentes. No Brasil é preciso aguardar a regulamentação do uso dos equipamentos.
Fonte: Valor Econômico