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Revolução Digital e Relação com a Indústria dominam os Diálogos ABIMED na Hospitalar 2025

Publicado em 30/05/2025 • Sem categoria • Português

A programação do Diálogos ABIMED na Hospitalar 2025 nos dias 21 e 22 de maio teve como foco os temas Indústria e Tecnologia e Inovação 

Os dois primeiros Diálogos ABIMED da quarta-feira, 21 de maio, abriram com as discussões acerca de avaliar aparatos tecnológicos aplicados aos equipamentos e dispositivos médicos, destacando as ferramentas MCDA (Análises de Multicritério), RWE (Evidências de Mundo Real) e Estudos in Silico. A emergência desse debate na área da saúde vem se tornando cada vez mais visível, o assunto de tecnologia na indústria e aplicação dessas tecnologias tanto no âmbito privado quanto público.  

Para mais, ainda no segmento industrial, se teve o debate acerca da inovação no contexto brasileiro, através do papel das ICTs (Instituições de Ciência e Tecnologia) no fortalecimento do Complexo Econômico-Industrial. Esse painel trouxe à tona a necessidade de se estabelecer um diálogo entre os setores acadêmico e industrial de forma a alavancar o debate, incorporando os estudos aplicados e tecnologias desenvolvidas e estudadas nos equipamentos e garantir que sejam comercializados. 

Outro painel importante do dia, que contou com a participação do Secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços do  

Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Uallace Moreira, abordou os desafios e estratégias para fortalecer a produção nacional de dispositivos médicos. Especialistas destacaram a necessidade de políticas industriais eficazes, investimentos em inovação, qualificação profissional e integração territorial. A construção de um ambiente regulatório favorável e o acesso a financiamento foram apontados como pilares para o desenvolvimento sustentável do setor. 

Houve também um importante painel para debater os impactos da Reforma Tributária no setor de dispositivos médicos. Preocupações foram levantadas sobre possíveis aumentos de carga tributária e a necessidade de um regime diferenciado para produtos essenciais à saúde. A importância de um diálogo contínuo com o governo foi enfatizada para garantir que as mudanças tributárias não comprometam o acesso e a inovação no setor. 

Já trazendo o foco para o tema de Tecnologia e Inovação, os Diálogos passaram por diversos tópicos, com destaque para a Regulamentação da IA e a Revolução Digital na Saúde. No primeiro, destaca-se a participação do representante do Inova HC (Hospital das Clínicas de São Paulo), Marco Bego, e dos parlamentares: Deputado Federal Ismael Alexandrino e Deputado Federal Pedro Westphalen. Além das contribuições feitas pelo Dr. Vinicius Guirado, médico neurocirurgião, e Guilherme Klafke, do centro de ensino e pesquisa em inovação da FGV. Ao longo da conversa, foram debatidos diversos aspectos da regulamentação das IA e a importância da sua aplicabilidade na área da saúde, sendo enfatizada pelos parlamentares a necessidade de apresentar os resultados das pesquisas feitas por profissionais da área para outros parlamentares, com a finalidade de instrumentalizar mais o debate.  

A Revolução Digital, por sua vez, trouxe a visão do setor público enlaçada com a necessidade de democratizar o acesso às tecnologias médicas, que muitas vezes ficam restritas à área acadêmica e têm maior dificuldade de circulação para todos. Com participação de Marco Bego, do Inova HC (Hospital das Clínicas de São Paulo), Marianne Pinotti, Coordenadora-Geral de Saúde Digital do Ministério da Saúde, Luiz Haertel, Diretor de Inovação da Philips, Roberta Rubia, Assessora Técnica da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo e Felipe Dias Carvalho, Diretor Regional de Brasília da ABIMED. O debate elucidou a necessidade de garantir que as tecnologias possam estar acessíveis a toda população, de forma a reduzir as desigualdades e utilizar das ferramentas digitais para acompanhar e garantir o bem-estar dos pacientes, independentemente de onde estejam. 

Nesse eixo também houve discussões acerca da COP-30, que ocorre em novembro deste ano, em Belém do Pará, apresentando as oportunidades para a indústria médica no contexto da sustentabilidade por meio da bioeconomia. A palestrante, Patrícia Ellen, cofundadora da AYA Earth Partners, Presidente do Instituto AYA, Sócia-Presidente da SYSTEMIQ LATAM e ex-Secretária de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo, destacou a importância da mudança para com o segmento ambiental, de forma que as próximas gerações possam ter escolhas no desenvolvimento, incentivando também uma maior atuação da sociedade civil e do setor privado para impulsionarem essas mudanças. 

Houve também o painel Pitch Reverso: das Indústrias para as Startups que contou com a participação de Manuel Coelho, executivo de Marketing Estratégico da Siemens Healthineers, Marina Gutierrez, líder sênior de soluções inovadoras da Johnson e Johnson no Brasil, e Isabele Vicente, Diretora de Inovação & Iniciativas Digitais na BIOTRONIK, com a conversa mediada por Aurélio Carmona, do Conselho de Administração da ABIMED e Managing Director da Getinge Brasi. O debate ressaltou a dificuldade relacionada a interoperabilidade, devido à fragmentação entre sistemas e tecnologias, além de destacar a necessidade de encarar a inovação como um processo contínuo e em constante evolução. Os painelistas pontuaram a importância da metodologia do Pitch Reverso, na qual hospitais e instituições apresentam seus desafios para que as indústrias proponham soluções, sempre com o paciente no centro e a colaboração como eixo das transformações. 

Nesse eixo de Tecnologia e Inovação, também houve uma conversa sobre Tecnologias Assistivas com a apresentação de automações desenvolvidas para auxiliar na mobilidade pessoal. O Projeto é conduzido em uma iniciativa entre a Universidade de São Paulo (USP) e o Instituto de Pesquisa e Tecnologia (IPT), retomando mais uma vez a necessidade de comercialização e circulação desses avanços tecnológicos para que consigam chegar até a população, por meio de um diálogo entre a indústria e a academia.

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