Tecnologias avançadas otimizam a doação de sangue no Brasil

Publicado em 23/06/2025 • Sem categoria • Português
A doação de sangue no Brasil está sendo impulsionada por soluções tecnológicas que otimizam cada etapa do processo deixando mais seguro e eficiente, da triagem ao armazenamento até a experiência do doador.
Soluções digitais e dispositivos inteligentes já contribuem para tornar o processo mais seguro e eficiente; tendências internacionais apontam para ainda mais inovações no futuro.
A doação de sangue no Brasil está sendo impulsionada por soluções tecnológicas que otimizam cada etapa do processo, da triagem ao armazenamento, passando pela experiência do doador. Em hemocentros e hospitais do país, sistemas baseados em dados e inteligência artificial já ajudam a traçar perfis de doadores com mais segurança, cruzando informações demográficas, sintomas e histórico de saúde para reduzir descartes e reforçar a qualidade do sangue coletado.
No momento da coleta, equipamentos com sensores embarcados e etiquetas RFID monitoram variáveis como pressão e temperatura, aumentando o controle sobre a segurança do procedimento. Algumas instituições brasileiras já adotam esse tipo de monitoramento, especialmente na cadeia de frio e no transporte de bolsas. Além disso, sistemas baseados em código de barras — amplamente usados em hospitais privados no país — garantem a correspondência correta entre doador, bolsa e receptor, minimizando riscos e erros.
A experiência do doador também tem se tornado mais digital no Brasil. Plataformas como o Partiu Doar Sangue e o Banco de Sangue Virtual oferecem agendamento, geolocalização e notificações sobre necessidades específicas de tipos sanguíneos em tempo real. Iniciativas como o HemoHeroes — criadas em universidades brasileiras com apoio do setor privado — demonstram como o uso de dados pode aumentar em até 30% o retorno de doadores com comunicação personalizada.
Nos bastidores, soluções como o Hemasphere, em uso no Brasil, permitem rastrear doadores, automatizar convites, organizar coletas e evitar desperdícios, com base em análises preditivas.
Em paralelo às tecnologias já presentes, há também tendências internacionais em fase inicial. O uso de blockchain para rastrear cada etapa da cadeia do sangue, da coleta à transfusão, é uma dessas inovações em avaliação, com possibilidade de integração futura via a Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS). Outro exemplo é a tipagem sanguínea automatizada no ponto de coleta, já usada em outros países.
Também estão em estágios iniciais globais, embora ainda distantes do uso prático no Brasil, tecnologias como dispositivos de coleta sem agulha, nanotecnologia para purificação sanguínea e impressão 3D de componentes utilizados em bancos de sangue, como filtros e conectores. Essas soluções fazem parte de um futuro promissor, mas que ainda depende de validação técnica, custo-efetividade e regulação.
Enquanto isso, o avanço das tecnologias já aplicadas no país mostra o potencial da inovação em fortalecer o sistema de saúde com mais segurança, eficiência e humanização. O desafio é ampliar o acesso a essas soluções, integrando setores público e privado para que a doação de sangue acompanhe as transformações digitais e siga salvando vidas com ainda mais precisão.