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Dilma vê ‘dimensão nacional’ em doença

Publicado em 08/01/2016 • Notícias • Português

A presidente Dilma Rousseff afirmou ontem que o aumento de casos de microcefalia vem ganhando“dimensão nacional”.
“A nossa principal preocupação é que isso pode se caracterizar, e está se caracterizando, uma doença que está tomando dimensão nacional”, afirmou Dilma, logo depois de se reunir, no Recife, com integrantes do grupo que preparou um plano nacional de enfrentamento à má-formação.
Embora seja uma questão preocupante,os registros de microcefalia, que está associada ao zika vírus transmitido pelo Aedes aegypti, não devem alarmar a população, afirmou Dilma.
“Eram 14 Estados e já pode chegar a 16. Não é uma questão de pânico, mas é uma questão de grande atenção, ter noção de que isso tem de ser combatido, saber que provoca uma doença bastante complicada porque afeta crianças, o futuro do Brasil”, disse Dilma.
A presidente fez elogios à vigilância epidemiológica de Pernambuco e observou que em outros Estados o número de casos suspeitos pode ser maior do que o declarado, em razão de eventuais sub notificações.
Questionado, o Ministério da Saúde não confirmou se a doença já atinge 16 Estados, dois a mais do que o indicado no último boletim.
A visita da presidente ao Estado mais afetado pelo nascimento de bebês com microcefalia ocorre quase um mês depois de o governo decretar estado de emergência sanitária em nível nacional em razão do aumento inesperado dos índices da doença. Até a semana passada, eram 1.248 casos suspeitos,em 14 Unidades da Federação.SóPernambuco registra 646.
Enfrentamento. Genérico, o plano lançado ontem traz eixos de ação para combate ao mosquito, atendimentos de pacientes e desenvolvimento de pesquisas que ajudem a conhecer mais sobre o zika.
O foco principal, no entanto, é o combate ao mosquito Aedes aegypti. “Estamos dando início a uma ação que vai articular o governo, com as Forças Armadas, uma rede de força federal com força estadual. Tem de ser uma mobilização nacional. E, para ser vitoriosa, precisa da participação da população”,disse a presidente.
A ação do Exército no combate aos focos do mosquito estava programada para ocorrer ontem em Pernambuco, mas foi adiada. Não houve justificativa.
Integrantes da ação atribuíram o adiamento da ação à visita da presidente no Estado.
Embora considere o combate ao mosquito essencial, Dilma afirmou não haver ainda valores estipulados para as ações que serão realizadas. Ela observou, no entanto, que Estados e municípios terão também de colaborar.
“Tem de ser uma ação conjunta, todo mundo tem de colaborar.” Nesta terça-feira, está prevista a realização de um encontro com representantes de governos estaduais e municipais para discutir os valores.
Irritação. A presidente se irritou quando foi perguntada sobre qual a contrapartida que o governo federal daria para os recursos destinados pelo governo de Pernambuco às ações de combate ao mosquito vetor.
“Essa é uma visão equivocada, não é assim”, disse.
Dilma afirmou ser necessário que todos trabalhem unidos.
“Tem de unir todos nós, independentemente do que pensamos sobre qualquer coisa.” Ao fazer uma apresentação do plano, Dilma se atrapalhou para falar sobre detalhes da transmissão dos vírus da dengue pelo Aedes aegypti, sobre a microcefalia e o zika. “Não sou especialista, mas tenho noção do quadro geral.”

Fonte: O Estado de S.Paulo

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