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Grupo de bolsistas do CNPq desenvolve plástico à base de óleo de mamona

Publicado em 09/01/2016 • Notícias • Português

Polímero testado por bolsistas da agência e pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) é biocompatível e poderá ser usado em próteses.

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Bolsistas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI) e pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) desenvolveram um método para a produção de plásticos biocompatíveis (que têm compatibilidade com tecidos ou órgãos vivos), que podem ser usados em próteses e outras aplicações médicas, a partir de matérias-primas naturais como óleo de mamona e ácido cítrico, o mesmo encontrado na laranja e no limão.

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Esse uso do ácido cítrico já gerou uma patente para a Universidade, e é apresentado na tese de doutorado “Síntese de biopolímeros a partir de óleo de mamona para aplicações médicas”, defendida pela pesquisadora colombiana, que é bolsista de doutorado do CNPq, Natalia Lorena Parada Hernández, na Faculdade de Engenharia Química (FEQ) da Unicamp. Ela foi orientada pela professora Maria Regina Wolf Maciel, que também é bolsista de produtividade em pesquisa pelo CNPq e do Departamento de Processos Químicos da FEQ.

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“O óleo de mamona já foi usado na produção de próteses, só que trazia alguns problemas já identificados nas aplicações e reportados na literatura”, diz o docente do Departamento de Desenvolvimento de Processos e Produtos (DDPP) da FEQ Rubens Maciel Filho, que é bolsista em produtividade em pesquisa do CNPq há 15 anos. Dentre esses problemas estava a reatividade química do material – o polímero não era totalmente inerte. Esse é um problema que o uso do ácido cítrico minimiza significantemente, disseram os pesquisadores.

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“É preciso garantir que o polímero seja biocompatível, avaliando se ele é tóxico, ou não, para a célula”, descreveu Maciel Filho. “Ele não pode causar mal algum à célula. Um biomaterial deve ser inerte, ou ter interações benéficas, por exemplo possibilitando uma integração do tecido vivo, em que o tecido do corpo humano comece a crescer usando-o como base.”

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“Muitos biopolímeros usam solventes tóxicos durante a síntese”, acrescenta a coorientadora da tese, Maria Ingrid Rocha Barbosa Schiavon. “Buscamos livrar ao máximo toda a cadeia produtiva do polímero de agentes que possam trazer alguma toxicidade.”

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Processo

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Os pesquisadores explicam que a produção de polímeros, como poliésteres, a partir do óleo de mamona envolve um processo chamado epoxidação, em que o óleo se torna quimicamente reativo, e uma “cura”, quando as cadeias reativas de moléculas se ligam formando uma rede tridimensional, dando origem ao polímero. O processo de epoxidação contou com a colaboração do doutorando e pesquisador no Instituto Nacional de C&T em Biofabricação (INCT-Biofabris) Anderson de Jesus Bonon, gerando também uma patente para a Unicamp.

Fonte: CNPq e Unicamp

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