Na última sexta-feira (8), o presidente do Instituto Ética Saúde, Gláucio Pegurin Libório, abriu o evento de instauração do Conselho Consultivo da organização agradecendo ao presidente da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), Francisco Balestrin, por ter cedido a estrutura de associação para realizar a reunião. Ele lembrou que o projeto começou a ser idealizado em 2013 e superou todas as dificuldades até ser lançado, no ano passado em uma cerimônia em Brasília, com a presença de mais de 250 representantes do Ministério da Saúde, do Ministério da Justiça, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), do Ministério Público, do Tribunal de Contas da União (TCU) e de agências reguladoras, parlamentares, entidades de classe e empresários do setor.

Além disso, Libório ressaltou a importância da ampla presença dos mais variados representantes do segmento de saúde no Conselho Consultivo. “É essencial que empresas das associadas presentes façam suas adesões ao Ética Saúde. Precisamos de novos integrantes para ampliar a nossa representatividade no mercado”, esclareceu.

A diretora executiva do Ética Saúde, Claudia Scarpim, enfatizou os princípios de integridade dos participantes do acordo setorial, gerando ambientes de concorrência justos e transparentes. “O instituto busca reduzir os riscos de corrupção e suborno produzindo confiança no mercado e garantindo a segurança do paciente”, afirmou. Claudia ainda apresentou a estrutura e a governança da organização, seus eixos de atuação, os convênios já firmados com órgãos governamentais e a parceria com entidades representativas do setor.

A diretora executiva informou sobre a regulamentação do Conselho Consultivo e a composição e distribuição equilibrada de representantes de atividades essenciais ao setor de saúde. “A função do Conselho Consultivo é orientar os conselhos de Administração e Ética e difundir as atividades do instituto, definindo a própria forma governança”, completou. Ela também explicou o fluxograma do Canal de Denúncias do Ética Saúde e respondeu a perguntas sobre de que forma a sociedade pode participar e denunciar possíveis irregularidades do setor. “Os processos são confidenciais até que a sanção administrativa seja aplicada”.

Fazem parte do Conselho Consultivo e estiveram presentes na reunião inaugural representantes das seguintes entidades: Associação Brasileira de Importadores e Distribuidores de Implantes (Abraidi), Instituto Ethos, Anahp, Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde (Abiis), Associação Brasileira de Auditores em Saúde (Audif), Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Produtos para Saúde (Abimed), Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado de São Paulo (Fehosp), Associação Brasileira da Indústria de Artigos, Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios (Abimo) e Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI).

O presidente da Anahp, Francisco Balestrin, falou de diversas iniciativas pontuais das entidades que trabalham pela (e com) ética e ressaltou a relevância, neste momento, de todos estarem ao redor de um princípio comum. “Estarmos juntos é mais um sinal da nossa fortaleza”, concluiu.

A história do Instituto Ethos com o Ética Saúde Criado em 2014 como um documento assinado por um grupo de empresas que resolveram se articular e mobilizar para promover a integridade no setor de saúde. Após denúncias sobre suborno cometido por profissionais do ramo, esse mercado se viu extremamente abalado. Para reverter o cenário, o Ética Saúde previu, pela primeira vez no país, a criação de um programa voltado para o fortalecimento de um ambiente de negócios transparente na comercialização médica e levou mais de dois anos para ser estruturado.

Ética Saúde já é um marco no Brasil

Participaram de sua construção o setor empresarial, o Instituto Ethos e a Abraidi. De acordo com Felipe Saboya, assessor da Presidência do Ethos, “o Ética Saúde se consolida como a mais importante iniciativa pela integridade no setor de saúde. Estamos citando-o como exemplo para que outros setores sigam o mesmo caminho”.

Fonte: Portal Roraima Mais