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Caranguejo de sangue azul possui substância química que pode curar infecções bacterianas

Publicado em 23/11/2015 • Notícias • Português

O caranguejo-ferradura, também chamado de límulo (Limulus polyphemus), tem semelhanças filogenéticas com as aranhas e os escorpiões, ao contrário de outros caranguejos (crustáceos), e é considerado um “fóssil vivo”, pois as espécies possuem até 400 milhões de anos. O límulo possui um mecanismo de regeneração semelhante ao de estrelas-do-mar e também pode ficar sem comer por meses.

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Porém, tanta diferença assim pode ter um motivo, de acordo com os cientistas. Ao longo destes 400 milhões de existência, a espécie quase não se modificou. Inclusive, mantendo uma das características mais diferentes entre o reino animal. O seu sangue é azul, devido a concentrações elevadas de hemocianina, no lugar das hemoglobinas. Esta proteína não possui ferro como “ponto chave”, e sim, cobre, que reage com o oxigênio acarretando em sua coloração diferenciada. 

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Esta diferença sempre chamou a atenção dos cientistas, que, desde 1964, ao se descobrir que a hemociacina poderia curar doenças por bactérias, estudam a espécie. Apenas amebócitos (células de seu sangue) possuem semelhanças químicas capazes de combater bactérias de forma efetiva, isolando-as em coágulos que são verdadeiras prisões incapacitantes. A formação destes coágulos acontece no mínimo contato sanguíneo com contaminações bacterianas.

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Assim, as indústrias farmacêuticas envolveram-se na busca exaustiva pelos límulos, causando uma exploração perigosa à espécie.

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A prática consiste na extração do sangue de vários exemplares, fazendo com que eles fiquem ideais para testes de ‘lisado de amebócitos de límulus (LAL)’ para a detecção de endotoxinas usadas tanto para fins médicos, quanto alimentares.

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Para que o composto LAL seja obtido, é necessário que o montante de sangue de 500 mil límulos, por ano, seja, extraído, através da perfuração do pericárdio de seu coração. Neste processo, feito há algumas décadas, 15% dos exemplares capturados são mortos, enquanto o restante é devolvido ao habitat. Um litro do sangue pode custar até R$ 58 mil, tornando a exploração um negócio de centenas de milhões!

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Fonte: Jornal Ciência

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