Encontro Anual da ABIMED: Celebrando Conquistas e se Preparando para o Futuro
Publicado em 15/12/2021 • Notícias • Português
“Conectando Tecnologias, Pessoas e Saúde” foi tema marcante do Encontro, que apresentou as perspectivas do biênio 2022/2023 aos associados
Durante o Encontro Anual do Conselho da Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Produtos para Saúde (ABIMED), realizado em 10 de dezembro com exibição pela internet, o clima foi de otimismo com os rumos para o futuro do setor. Apesar da instabilidade provocada, em grande parte, pela pandemia de Covid-19, a Associação realizou muitas conquistas que devem ser celebradas. A apresentação do Encontro semipresencial foi de Fernando Silveira Filho, presidente executivo, e de Antonio Nasser, presidente do Conselho de Administração.
Fernando Silveira Filho deu início ao encontro dando boas-vindas a todos que acompanharam a transmissão via internet e mencionando a proposta do evento. “Temos como objetivo não só mostrar às nossas associadas a forma como se desenvolveu o trabalho ao longo do biênio 2020/2021, mas também trazer uma perspectiva de futuro. É um exercício bastante complexo, mas vamos apresentar o que entendemos, neste momento, do que pode vir a ocorrer”, disse Fernando. “Foi um desafio muito grande pensar sobre 2022 e 2023 em temas macroeconômicos e em termos políticos, porque é um período bastante dinâmico, ressaltou.
Antonio Nasser pontuou a importância em entender o que os associados e o mercado pensam, para que a ABIMED tome as decisões de modo a atender aos objetivos estratégicos. “Tivemos um biênio bastante produtivo e vamos continuar construindo, cada vez mais, uma Associação com força, para que entregue valor para todos os associados”, destacou o presidente do Conselho de Administração.
Durante o encontro foram exibidos depoimentos e palestras gravados previamente que procuraram traçar as percepções e as expectativas para o futuro. Um dos depoimentos foi do jornalista econômico Carlos Alberto Sardenberg, que comentou sobre a retomada da Economia tanto no cenário interno quanto no cenário global. Para ele, as previsões traçadas pelo mercado para a economia no Brasil não são muito animadoras para 2022. Será um ano de busca pela estabilização da inflação e da taxa Selic para que então, em 2023, seja retomado um crescimento mais consistente. Para Sardenberg, o crescimento da oferta de empregos em 2022 ainda será muito limitado pela baixa atividade econômica. Quanto à economia mundial, o ambiente é de uma volta à atividade econômica de maneira muito irregular, com uma recuperação moderada. “Será importante para o País manter os mercados de exportação, como de commodities e de alimentos, o que deve permitir algum crescimento da economia no ano que vem”, ressaltou o jornalista. Segundo ele, as reformas – tributária e administrativa – essenciais para um real impulso na economia, não deverão ser realizadas em 2022.
O encontro destacou também alguns aspectos regulatórios do setor, a partir do depoimento de Cristiane Rose Jourdan Gomes, diretora da Agência Nacional de Vigilância Sanitária-Anvisa, que abordou algumas mudanças esperadas a partir de evoluções tecnológicas, como os softwares de dispositivos médicos destinados a diagnósticos ou terapias em saúde. A inovação nesse campo é acelerada. Cristiane reafirmou o compromisso da atuação da Anvisa. “A atuação regulatória da Anvisa precisa ser eficiente, equilibrada e proporcional, assegurando o cumprimento de seu propósito sanitário, mas também permitindo a criação de um ambiente favorável ao desenvolvimento econômico e social do País”, disse. Segundo ela, haverá avanços na regulamentação sobre importação, comercialização e doação de produtos para saúde usados e recondicionados, para evitar o descarte e desativação de equipamentos médicos que se encontram em boas condições em uso e manutenção em dia. Essas são algumas mudanças que trarão benefícios para as empresas do segmento, que poderão oferecer melhores produtos e serviços com racionalização de custos.
Outro depoimento foi de Paulo Rebello Filho, diretor-presidente da Agência Nacional de Saúde-ANS, destacou a necessidade de se conviver com demandas de saúde reprimidas, em razão da pandemia, com as novas demandas advindas da Covid-19. Para ele, a saúde suplementar possui desafios que envolvem altos custos de natureza hospitalar, além do envelhecimento da população, a alta sinistralidade ocasionada pelo impacto de doenças crônicas e o desconhecimento do perfil da população em virtude da falta de gestão de dados epidemiológicos. “Há pouco investimento em prevenção, o que causa uma assistência com foco na doença, não na saúde”, alertou. “A ANS tem buscado estimular as operadoras de planos privados de assistência à saúde a repensarem a organização do sistema de modo que seja possível sair do modelo centrado em uma doença para o modelo de atenção integral à saúde baseada em valor, com incorporação de ações de promoção da saúde e prevenção de riscos e doenças”, completou, pontuando ainda a necessidade de um uso mais racional das tecnologias em saúde.
Na área de tecnologia e inovação, Lucas Camara apresentou, em seu depoimento, as perspectivas do Centro Afiliado para a Quarta Revolução Industrial no Brasil (C4IR) – uma parceria público-privada entre o World Economic Forum (WEF), Governo Federal do Brasil, Governo do Estado de São Paulo e iniciativa privada. “Vemos hoje uma mudança muito forte em como as empresas estão conduzindo as novas tecnologias. E os executivos têm essa preocupação de quão rápido a tecnologia vai impactar em seus setores”, apontou. A Covid-19 acelerou esse processo em todos os setores e também no setor de Saúde. Ele mencionou alguns projetos em parceria com o setor público de Saúde que vão implementar uma jornada da transformação digital do setor público. “É um desafio, tanto do lado das empresas quando do lado do setor público, mas estamos confiantes nesse processo”, disse. Ele mencionou ainda o impacto do 5G e das soluções de inteligência artificial tanto na saúde pública como privada.
Na parte final do Encontro Anual, Fernando Silveira Filho fez uma avaliação geral do Biênio 2020/2021, destacando as principais conquistas da Associação em aspectos como inteligência regulatória, relações institucionais e governamentais, assuntos legais e & compliance, serviços às empresas associadas, comunicação e imprensa. Um dos muitos destaques mencionados por Fernando foi o lançamento da frente parlamentar para dispositivos e equipamentos médicos e tecnologia na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, em que a ABIMED teve a oportunidade de apresentar os aspectos relativos ao setor. Fernando mencionou também os temas de governança que estiveram mais em evidência em relação aos aspectos contábil e financeiro, tecnologia de informação e controles internos de governança. Fernando mencionou ainda o Conselho de Administração que agora assume o biênio 2022/2023.
Em seguida, Antonio Nasser apresentou as perspectivas do Biênio 2022/2023, baseados nos Eixos Estratégicos (Sustentabilidade do Setor; Tecnologia & Inovação; Eixo Legal & Compliance; ESG-Governança/Meio Ambiente/Social; Educação). “No próximo biênio continuaremos construindo sobre nossos pilares já bastante fortes para entregar ainda mais, com iniciativas e investimentos bastante atados aos nossos objetivos estratégicos. A razão da ABIMED existir é servir e servir bem os nossos associados”, concluiu.
A apresentação detalhada do Encontro Anual ABIMED, com todos os depoimentos e informações, pode ser visto neste link: https://makeitnuvem.com.br/sgiabimed/Portal.aspx.
Fonte: ABIMED