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Fapesp: Goldemberg aposta em parceria

Publicado em 09/09/2015 • Notícias • Português

O físico nuclear José Goldemberg,de 87 anos, tomou posse ontem como presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Após a cerimônia, na sede da Fapesp, em São Paulo, com a presença do governador Geraldo Alckmin (PSDB), do ex-presidente da Fundação, Celso Lafer, e de diversas autoridades, Goldemberg afirmou que pretende aproximar a Fapesp das demandas da sociedade.Paraisso, a fundação auxiliará o governo na implementação de cargos de cientistas-chefes em todas as secretarias.
“Ao assumir o cargo de presidente da Fapesp, o que sinto é a existência de um clamor para que aumente a interface entre as ações da Fapesp e a sociedade–isto é,indústria,educação e comércio e assim por diante. A iniciativa que o governador Alckmin já autorizou, de criar o cargo de cientista-chefe em cada uma das secretarias, é um passo nesse sentido”,disse Goldemberg ao Estado.
Segundo ele, o cientista-chefedecadasecretariapoderáprocurar a Fapesp para obter as informações ou fazer as pesquisas necessárias para resolver problemas reais da população.
“Com ajuda da Fapesp,o cientista-chefe poderá recomendar ao seu secretário quais são as melhores soluções para demandas que surgirem.A Fapesp dará todo apoio. Isso acontece em países como a Inglaterra, onde todos os ministérios têm um cientista-chefe”, declarou. “Sinto que há um anseio de construir mais pontes entre a Fapesp e a sociedade”, disse Goldemberg.
Universidades. Em seu discurso de posse, Goldemberg disse que as universidades estaduais adotem um procedimento semelhante ao da Fapesp para lidar com o orçamento e reverter a crise financeira em que a Universidade de São Paulo (USP),a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e Universidade Estadual Paulista(Unesp)estão mergulhadas. “A lei que criou a Fundação, tem características originais e inovadoras mesmo sob a perspectiva de quem a lê em 2015: adotou um dos pilares da responsabilidade fiscal ao determinar que as despesas com administração não poderiam ultrapassar 5% do seu orçamento e os outros 95% utilizados exclusivamente nas atividades-fim.As universidades públicas,que também têm autonomia financeira, deveriam, ao meu ver, adotar procedimento análogo. As boas universidades do mundo destinam, em geral, cerca de 80% de seus recursos ao pessoal e o restante à infraestrutura de ensino e pesquisa.” O físico destacou o “papel fundamental da Fapesp na elevação do nível científico e tecnológico do Estado” e a cooperação internacional, que “recebeu grande impulso sob a presidência do professor Celso Lafer nos últimos anos”.
Goldemberg citou problemas que merecem “estudos do estado da arte”, como produção de vacinas contra a malária e a dengue, eficiência energética, mobilidade urbana, conflitos sociais, mudanças climáticas e os limites éticos entre engenharia e genética”.
Lafer, em seu discurso de transmissão do cargo, ressaltou a importância de a Fapesp ter “a autonomia balizada pelo teto de 5% de seu orçamento com gastos da própria administração para permitir que os 95% restantes do seu orçamento sejam mobilizados em atividades-fim da Fapesp”. Alckmin elogiou a gestão de Lafer e exaltou Goldemberg, que “fez um trabalho extraordinário na Secretaria de Meio Ambiente, assim como na USP”.

Fonte: O Estado de S.Paulo

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