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Hackers chineses buscam segredos da saúde dos EUA

Publicado em 28/10/2015 • Notícias • Português

Hackers na China penetraram na segunda maior seguradora de saúde nos EUA para compreender como é estruturado o sistema de atendimento médico nos EUA, em meio aos esforços de Pequim no sentido de proporcionar atendimento de saúde a uma população em envelhecimento. Essa é a conclusão a que chegaram investigadores americanos.

A revelação apresenta uma nova possível faceta do ataque cibernético contra a Anthem, que em fevereiro divulgou que a violação de seu banco de dados havia comprometido as informações pessoais de quase 80 milhões de segurados.

A Anthem e outras empresas do setor de saúde foram invadidas na mesma época, afirmaram pessoas a par dos casos. A seguradora Premera disse em março ter sido vítima de hackers, que se apropriaram de informações sobre cerca de 11 milhões de pessoas.

À medida que a população chinesa torna-se mais rica e mais exigente, questões relacionadas com assistência médica estão passando a ser um dos temas mais politicamente delicados com que Pequim se defronta.

A China comprometeu-se a fornecer acesso universal a atendimento de saúde de qualidade para todos os cidadãos a partir de 2020. Mas há intensa insatisfação com o custo e a qualidade dos cuidados de saúde, o que tem provocado muitos ataques contra pessoal médico e um fosso crescente e politicamente perigoso entre ricos e pobres no que diz respeito a acesso a atendimento de saúde.

Os ataques cibernéticos que, acredita-se, têm origem na China são um assunto espinhoso para as relações do país com os EUA.

Dados de saúde tornaram-se algumas das informações mais valiosas que podem ser vendidas no mercado negro da internet, fazendo do setor um alvo popular para os hackers. Oitenta e um por cento dos executivos do setor de saúde dizem que suas empresas foram alvo de tentativas de ataque cibernético nos últimos dois anos, segundo um relatório da KPMG.

Pessoas familiarizadas com a investigação envolvendo a Anthem acreditam que o desejo de obter acesso a propriedade intelectual e segredos comerciais foi a justificativa para o ataque. O banco de dados da Anthem, que inclui muitos funcionários do governo americano, também poderia ser útil para as agências de inteligência chinesas.

Fonte: Valor Econômico

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