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Inovação ganha fatia em fundos de fomento

Publicado em 19/09/2015 • Notícias • Português

A aprovação de novos financiamentos pela Desenvolve SP, agência de desenvolvimento do Estado de São Paulo (que oferece empréstimos subsidiados principalmente para projetos de investimentos de pequenas e médias empresas), caiu 23% no primeiro semestre deste ano, em comparação aos primeiros seis meses do ano passado (veja quadro acima).

A queda foi puxada principalmente pela redução de 64% nos desembolsos para o setor de serviços.

“”Tínhamos um crescimento modestíssimo até o ano passado, mas ainda tínhamos. Com o ajuste fiscal, o governo, que era o indutor do crescimento na economia, reduziu os investimentos. Isso tem contribuído muito com a redução da atividade econômica””, diz Milton Santos, presidente da Desenvolve SP.

Segundo ele, também está mais difícil para a agência encontrar projetos que sejam economicamente viáveis em um cenário de juros altos e câmbio em elevação.

ALTERNATIVA

Se os projetos tradicionais estão menos frequentes, a agência vê uma nova demanda em ascensão, a de projetos relacionados à inovação.

Em todo o ano de 2014, foram financiados R$ 5,4 milhões para essa linha. Neste ano, foram R$ 14 milhões.

Atualmente existem mais de cem projetos em análise, de áreas como saúde, tecnologia da informação, biotecnologia e energias renováveis.

A agência passou a buscar clientes nesse segmento a partir de visitas a parques tecnológicos do Estado.

Desde junho, foram feitos eventos nas cidades de São Carlos, São José dos Campos e Ribeirão Preto. O próximo previsto será em Sorocaba, neste mês.

A primeira empresa paulista a conseguir financiar projeto de inovação a partir da linha Inovacred, da Finep, por meio da agência paulista DesenvolveSP, foi a Enox On-Life Network, que oferece tecnologias para aprimorar a experiência do consumidor em pontos de venda.

A companhia, que faturou R$ 17,5 milhões em 2014, obteve um empréstimo de R$ 4 milhões pára financiar o desenvolvimento de sistema que permite a restaurantes e academias oferecer wi-fi grátis a seus consumidores, que acessam a internet a partir fazendo um login no Facebook a partir da rede do estabelecimento.

Humberto de Biase, diretor de marketing da empresa, explica que a companhia soube da possibilidade do financiamento a partir da rede Endeavor (ONG de apoio ao empreendedorismo de impacto), da qual a Enox faz parte.

Segundo ele, a opção pelo crédito permitiu o desenvolvimento da infraestrutura tecnológica para gerenciar o acesso de milhões de consumidores a partir da plataforma da empresa e para contratar profissionais que desenvolvessem o projeto. Diz que preferiram buscar crédito a um investidor para manter a agilidade da empresa:

“”Somos uma empresa ágil, que consegue mudar nossa visão em seis meses. Essa independência nos permite nos movimentar rapidamente quando as circunstâncias pedem.””INICIANTES

Para participar do desenvolvimento de companhias ainda mais iniciantes que, por lidarem com produtos novos e com menos histórico de resultados, têm menos capacidade de acesso a crédito, a agência investe em fundos de capital de risco desde 2012.

A Desenvolve SP é responsável por R$ 55 milhões dos R$ 800 milhões de cinco fundos, que incluem o Inovação Paulista (criado em parceria com o Sebrae-SP) e o Fundo Aeroespacial (com a Embraer). Até agora, apostaram em 33 empresas.

O BNDES usa a estratégia dos fundos de capital de risco. Em 2007, o banco lançou o primeiro Criatec, que investiu em 36 empresas.

No ano passado foi estruturado o Criatec 3, com
R$ 200 milhões. No primeiro semestre deste ano, o BNDES teve uma redução pela metade de seus desembolsos: foram R$ 43,1 bilhões em novos financiamentos.

Fonte: Folha de S.Paulo

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