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Metade das empresas espera queda de produtividade

Publicado em 07/01/2016 • Notícias • Português

Seis em cada dez empresas pretendem demitir pesquisadores devido à suspensão da Lei do Bem. A redução estimada é de cerca de 9.000 profissionais, ou 9% do total de pesquisadores que devem atuar em projetos em 2016.
Se considerados os funcionários envolvidos nas áreas de P&D (pesquisa e desenvolvimento),mais 3.400 pessoas podem ser dispensadas.
Os dados constam de pesquisa feita pelo departamento de competitividade da Fiesp com 75 empresas para avaliar os efeitos da suspensão da lei no ano que vem.
“Empresas inovadoras exportam 116%mais,pagam salários 23% superiores à média da indústria e têm produtividade maior, segundo o Ipea. Suspender o incentivo à inovação só vai agravar o processodedesindustrialização e dificultaroprocesso de geração de conhecimento e riqueza do país”, diz José RicardoRoriz Coelho, diretorda federação das indústrias.
A adesão das empresas à lei cresceu 35% ao ano entre 2006 e 2012 eo investimento incentivado aumentou 10% ao ano (em valores reais), segundo dados do governo.
Sem o incentivo da lei,83% das empresas já esperam perder faturamento; 81% falam em aumento de custos e 53% preveem eficiência produtiva menor. Quase oito em cada dez admitem mais dificuldade para adequar produtos para enfrentar a concorrência nacional e internacional. E 74% informaram que vão reduzir ou cancelar investimentos em projetos de P&D.
“A Lei do Bem,que cria um dos poucos instrumentos do Estado de política industrial, está sendo revertida por uma verdadeira MP do Mal, justamente no momento em que câmbio favorece investir ni Brasil”, afirma o economista e professor da PUC-SP Antônio Corrêa de Lacerda.
Para Humberto Barbato, presidente da Abinee (reúne a indústria eletroeletrônica), um dos maiores impactos é demissão de profissionais altamente especializados.
“Não é perder gente que se troca rapidamente. É aquela pessoa que meu concorrente vai pegar correndo na hora em que puder”, afirma.

Fonte: Folha de S.Paulo

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