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Negócio saudável

Publicado em 12/07/2015 • Notícias • Português

Start-ups de saúde nos EUA levantaram um recorde de US$ 3,9 bilhões (R$ 12,6 bilhões) em capital de risco no primeiro trimestre de 2015.

Embora não existam dados semelhantes para o Brasil, incubadoras e aceleradoras apostam no setor como um dos que apresentam maior potencial de crescimento.

Só no segmento de saúde via dispositivos móveis (como celulares), a estimativa é que o mercado acrescente US$ 4,6 bilhões (R$ 14,8 bilhões) ao PIB até 2017, segundo a consultoria PwC.

Para Frederico Lacerda, co-fundador da aceleradora 21212, existe uma demanda por soluções melhores no mercado de saúde, marcado pela baixa qualidade nos serviços e pelo atraso em termos de adoção de tecnologia.

A estratégia da start-up Mobilità é a melhoria do SUS. A empresa desenvolveu uma plataforma on-line que integra as informações do Programa Saúde da Família, como vacinas, exames e visitas de agentes comunitários.

Segundo Guilherme Carvalho, 46, co-fundador da empresa, 12 prefeituras já implementaram ou estão em fase de contratação do sistema. O custo é de R$ 80 por agente comunitário.

Gilberto Ulbrig, da organização de fomento a negócios de impacto Artemisia, também aponta a saúde digital, além da qualificação do SUS, como áreas prósperas para negócios (veja mais acima).

Outro segmento promissor é o de apps. “”Hoje você consegue pedir um táxi pelo celular, comprar ingresso de cinema, mas não agendar uma consulta””, diz Lacerda.

A PebMed, start-up acelerada pela 21212, foi criada em 2012 por Bruno Lagoeiro, 28, e dois amigos, à época estudantes de medicina, com a proposta de oferecer aplicativos para médicos. O principal é o guia de prescrições Whitebook. Em 2014, a empresa faturou R$ 500 mil.

Médicos empreendedores, contudo, ainda são raros. “”O meio é muito conservador, parece que antes era feio você querer ter um negócio””, diz o radiologista Bruno Rocha, 29, um dos fundadores da 3DUX, start-up que faz impressão 3D de moldes para planejamento cirúrgico.

Para fomentar o empreendedorismo no setor, o farmacêutico Ricardo Di Lazzaro Filho, da start-up de exames de DNA Genera, planeja lançar até o fim deste ano uma aceleradora focada em saúde.

“”Nós queremos oferecer uma consultoria de legislação, marketing e estratégia. Existem pesquisadores excepcionais na universidade que podem gerar produtos excepcionais, mas falta um direcionamento de negócio.””

Fonte: Folha de S.Paulo

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