Primeira pessoa: ‘Teremos um centro de desenvolvimento farmacêutico no País’
Publicado em 07/01/2016 • Notícias • Português
Dois anos após uma cisão que repassou a área de medicamentos biológicos para uma divisão própria (a AbbVie), o laboratório americano Abbott tenta uma nova aproximação com o consumidor brasileiro, com uma campanha institucional que falará tanto com médicos quanto com o cliente final. Segundo o presidente da Abbott no Brasil, Juan Carlos Gaona, a retomada dessa relação está ligada à importância estratégica do País, onde a companhia fatura US$ 500 milhões. “Teremos um centro de desenvolvimento farmacêutico no Brasil”, diz Gaona. O projeto será inaugurado em 2016.
Qual a importância do Brasil para o negócio global da Abbott?
O grupo fatura US$ 22 bilhões, e o Brasil contribui com US$ 500 milhões.
Não é só uma das afiliadas mais importantes, mas também uma das que mais crescem, sempre a um ritmo de dois dígitos ao ano (acima de 10%).
A campanha fala de ‘viver ao máximo’ e de bem-estar. Como estão divididas as receitas da Abbott hoje?
Houve uma separação de negócios em 2013, que criou duas divisões: a AbbVie (dedicada a medicamentos biológicos) e a Abbott. Hoje, globalmente, o mercado de soluções nutricionais responde por um terço das vendas da Abbott. O restante está dividido entre farmacêuticos estabelecidos (com ou sem receita médica), aparelhos médicos e dispositivos para diagnósticos.
No Brasil, o setor de fármacos ainda contribui com a maior parte da receita.
A empresa tem investimentos previstos para o Brasil?
Sim, termos um centro de desenvolvimento farmacêutico para adaptar as novidades que surgirem na área ao paciente brasileiro. O centro deve estar pronto em agosto de 2016 e vai consumir investimentos de R$ 20 milhões.
Fonte: O Estado de S.Paulo