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Telemedicina aplicada a procedimentos clínicos

Publicado em 20/04/2022 • Notícias • Português

A pandemia de Covid-19, a partir de março de 2020, resultou na ocupação da maior parte do potencial de atendimento do sistema de saúde – público e privado – aos infectados pelo coronavírus. Isso fez com que o atendimento a outras enfermidades tivesse queda. A necessidade de solucionar essa equação acelerou a telemedicina, que, até então, vinha sendo aplicada de maneira restrita.

Tecnologias semelhantes às usadas para o trabalho remoto passaram a ser empregadas também no atendimento em saúde. De forma não presencial, médico e paciente trocam informações para buscar um diagnóstico e definir possibilidades de tratamento. No entanto, quando a pandemia começou ainda não havia precedentes a orientar sobre procedimentos para um atendimento eficiente.

Uma das iniciativas da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) foi incluir a telemedicina no Padrão de Troca de Informações na Saúde Suplementar (TISS). Na esfera pública, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece o programa Telessaúde Brasil Redes, para mais de 1.500 Unidades Básicas de Saúde (UBS) – ampliando ainda mais o alcance desse serviço. O programa existe desde 2007 e evoluiu tecnologicamente ao longo dos anos na busca por integrar ferramentas como teleconsultas, telediagnóstico e teleducação por meio de tecnologias da informação e comunicação. Desde 2020 o SUS oferece a prescrição eletrônica, um site onde os usuários podem obter e validar receitas médicas e atestados -um sistema que conecta médicos, pacientes e redes de farmácias. 

De acordo com informações do Ministério da Saúde, por meio do Telessaúde Brasil Redes houve notável redução de custos e de tempo de deslocamento de pacientes, apoio à fixação de profissionais em áreas remotas, redução do número de encaminhamentos desnecessários, qualificação técnica e profissional à distância, apoio para aumento da cobertura da Estratégia da Saúde da Família e otimização de recursos públicos destinados ao setor. Hoje há um maior número de plataformas e aplicativos para teleorientações, teletriagem e teleconsultas que permitem prescrição digital, suporte à decisão médica e outros recursos.

Alguns atos normativos do governo federal, ainda em 2020, contribuíram para a regulamentação da telemedicina em todo o País, mas em caráter temporário e excepcional, definindo requisitos mínimos para sua implementação. Isso permitiu o crescimento dessa modalidade de atendimento, mas ainda é necessário avançar nessa regulamentação. Nesse ponto, om projeto de lei para regulamentação definitiva está em discussão numa comissão da Câmara dos Deputados.

Além do atendimento – Não se trata apenas de consultas quando se fala de telemedicina. Algumas tecnologias estão assim classificadas. É o caso de equipamentos de uso pessoal, como aparelhos auditivos, que, conectados a um smartphone, permitem ao paciente obter assistência remota de um fonoaudiólogo. A computação em nuvem é outra aliada, permitindo até mesmo a transmissão de exames de imagens pelos laboratórios que o realizam para avaliação de um médico que está em outra localidade. 

Um grande avanço no atendimento sem dúvida foi o prontuário eletrônico, com o histórico do paciente que permite ao médico verificar digitalmente consultas realizadas anteriormente, mesmo que por outros especialistas, bem como tratamentos realizados ou em curso, resultados de exames, remédios prescritos e outras informações. A conexão promovida por aplicativos com acesso a esses prontuários e a outros dispositivos médicos (como os vestíveis, que captam dados do usuário), favorece a eficácia do acompanhamento pelo profissional de saúde ao longo do tratamento. Hoje, existem sistemas que fazem desde o monitoramento de sinais vitais por meio de aplicativos, enquanto outros estão em desenvolvimento, a fim de permitir, por exemplo, realizar exames sem a necessidade de sair de casa. Experiências com o uso de robótica para procedimentos de telecirurgia estão avançando – em 2020, no Brasil, houve 14 mil procedimentos cirúrgicos realizados por meio dessa tecnologia.

Fonte: ABIMED

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