Os pacientes de câncer de pele basocelular – o mais comum entre os tipos diagnosticados – agora podem ter a avaliação e iniciar o tratamento na mesma ocasião, sem a necessidade de um centro cirúrgico. Tal conquista foi decorrência de uma recomendação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), para inclusão da terapia fotodinâmica no Sistema Único de Saúde (SUS), como opção de tratamento para esses pacientes.

A terapia foi desenvolvida pelo Instituto de Física de São Carlos da Universidade de São Paulo (USP). Segundo a Conitec, foi a primeira vez que uma universidade brasileira solicitou a incorporação de uma tecnologia no SUS, consolidando um bom exemplo de inovação.

A terapia fotodinâmica oferece taxas de cura similares às observadas nas abordagens tradicionais, como a cirurgia e a crioterapia, além de proporcionar melhores resultados estéticos e recuperação mais rápida.

Um dos fatores que favoreceu a aprovação foi a divisão do plenário da Conitec em comitês, em 2022, o que permitiu que os grupos de trabalho sejam mais especializados e com entendimento mais abrangente sobre os temas.

Impulsionada pelo desejo de trazer a terapia fotodinâmica para o País, a pesquisa do IFSC conquistou investimentos do BNDES em 2012, para iniciar ensaios clínicos. A Universidade começou, então, a treinar médicos para lidarem com os equipamentos e medicamentos necessários para os testes, em 72 centros espalhados pelo Brasil e na América Latina. O caminho trilhado pelo IFSC deve inspirar outras instituições que também desenvolvem projetos e que podem se tornar novos modelos a serem incorporados pelo SUS.