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IA e estudos in silico são o futuro da medicina e precisam de incentivo

Publicado em 06/12/2024 • Notícias • Português

 

A inteligência artificial (IA) e os modelos computacionais in silico estão revolucionando a medicina ao permitir simulações complexas, reduzindo a necessidade de testes físicos em pacientes. Esses avanços foram destaque no simpósio “O Futuro da Medicina e a Medicina do Futuro”, realizado em 4 de dezembro no Senado Federal, promovido pela Frente Parlamentar Mista da Medicina (FPMed) e pela Frente Parlamentar Mista em Prol do Acesso e Uso Racional de Tecnologias em Saúde (FPMedTec). A ABIMED, apoiadora dessas frentes, reforça seu compromisso em ampliar o acesso da população a tecnologias de saúde.

Martha Maluf-Brugmann, Diretora de Assuntos Regulatórios da Avicenna Alliance, participou por vídeo e explicou como as tecnologias in silico estão transformando a pesquisa médica. Segundo ela, esses modelos reduzem custos e prazos dos ensaios clínicos, fornecendo resultados mais confiáveis e interpretando efeitos adversos com maior precisão.

“A modelagem computacional e o uso de pacientes virtuais são o futuro da medicina e estão atingindo um alto nível de maturidade. A tendência de afastamento do físico já ocorre em outros setores, como o automotivo e o aeroespacial. Sua principal vantagem é não causar danos.”

Martha destacou que as autoridades reguladoras estão começando a reconhecer os métodos in silico como fontes confiáveis de evidências. No entanto, para acelerar sua adoção, é necessário maior engajamento de reguladores e da indústria. Ela anunciou que a Avicenna Alliance planeja um evento conjunto com a Associação das Indústrias de Saúde do Reino Unido (ABHI), a ABIMED, e o apoio de agências como a MHRA e a Anvisa.

“Temos muitas informações para compartilhar com o mercado.”

Eli Szwarc, Diretor Sênior de Educação Profissional e Assuntos Médicos para a América Latina da Edwards Lifesciences e coordenador do Comitê de Inovação e Tecnologia da ABIMED, também participou do painel. Ele destacou o potencial da IA para tornar a saúde mais justa e personalizada:

“A grande transformação é promover novos modelos assistenciais, de gestão e de negócios, baseados em informações que devem ser interoperáveis.”

Ele explicou que a IA pode auxiliar na tomada de decisões clínicas, oferecendo sugestões baseadas em algoritmos e acompanhando consultas:

“Investir em saúde digital também reforça a humanidade que precisamos resgatar.”

Bernardo Tessarollo, 1º Secretário do Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR), abordou as vantagens da IA na radiologia, destacando a importância da ética e da privacidade de dados dos pacientes.

“A IA está nos ajudando a produzir mais e, se bem regulamentada, pode ampliar nosso alcance. O objetivo não é substituir o profissional, mas contribuir para o bem.”

O painel foi moderado por Cleinaldo Costa, Diretor do Departamento de Saúde Digital do Ministério da Saúde.

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