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Investimento na saúde é urgente

Publicado em 28/06/2016 • Notícias • Português

Nos momentos de crise, os governos mais devem investir em saúde. Estudos comprovam que em épocas de menor crescimento econômico a população mais adoece e mais necessita da saúde pública.

A conjuntura econômica delicada que o país atravessa demanda esse investimento do setor público. Em períodos de contenção de despesas, um dos primeiros cortes da família é o plano de saúde, especialmente os corporativos, reflexo direto do alto índice de desemprego.

A cidade de Santos sente o impacto da crise diretamente no seu atendimento de saúde, especialmente por ser município polo da Baixada Santista.

Nos primeiros cinco meses do ano, Santos percebeu um aumento de 15% na distribuição de medicamentos nas unidades de saúde, comparado ao mesmo período de 2015. Um termômetro de que a população com dificuldades em manter as despesas rotineiras recorre mais ao poder público.

Ciente e alerta da situação, a Prefeitura de Santos tem investido além dos 15% obrigatórios do orçamento para a saúde. Somamos neste ano 20,19% em recursos destinados para a pasta. Um motivo é a migração de população de outros municípios para a rede santista -40% do atendimento de Santos é destinado a populações vizinhas.

Diante deste quadro da Baixada Santista, nesta administração trabalhamos para reconstruir o Complexo Hospitalar dos Estivadores. O novo prédio com 223 leitos será entregue no próximo semestre à população, com padrão digno de comparação a modernos centros hospitalares privados.

O Complexo Hospitalar vai colaborar para reduzir o deficit de leitos que temos na região, assim como a ampliação dos hospitais de Itanhaém e de Bertioga. O Ministério da Saúde tem como referência que haja três leitos a cada mil habitantes. A população da região é de 1,4 milhão pessoas para 2.800 leitos, quando teríamos de ter 5.000.

No entanto, os recursos financeiros da administração municipal são insuficientes para a gestão do Complexo Hospitalar.
A prefeitura precisa de verbas originárias de outras esferas do governo. Para a reconstrução do prédio foram gastos R$ 46 milhões, com recursos próprios e do governo do Estado de São Paulo. Sem nenhuma contribuição do governo federal.

Daremos início às operações do hospital no segundo semestre, mas, para isso, dependemos de que o Ministério da Saúde cumpra suas promessas de destinar recursos para o seu custeio.

Durante esses três anos de administração, os sucessivos ministros que passaram pela pasta da saúde se sensibilizaram e se comprometeram com o estivadores.

E em reunião com o novo ministro da Saúde, Ricardo Barros, percebemos que também houve compreensão, mas ainda não obtivemos a garantia da verba. Agora, confiamos na sensibilidade do presidente Michel Temer para que a nossa demanda seja definitivamente atendida.

Entendemos e vivenciamos os impactos das transições políticas do país, mas o momento exige uma posição imediata do governo federal. Não podemos deixar o cidadão desassistido.

Essa é nossa obrigação como representantes do poder público. Recentemente, o governador Geraldo Alckmin deu a boa notícia e garantiu o custeio de 50% do hospital. Falta agora o governo federal garantir a outra metade.

Temos urgência nesta batalha, por isso criamos o movimento suprapartidário O Estivadores é de Todos. Nesta tarefa, cada qual precisa fazer a sua parte para garantirmos, assim, uma saúde digna ao cidadão.

Fonte: Folha de São Paulo

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