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Compliance da saúde no mundo pós-Covid

Publicado em 20/04/2022 • Notícias • Português

A pandemia fez os olhos de todo o mundo se voltarem para o setor da saúde. Hospitais, laboratórios de diagnósticos e afins tornaram-se, em 2020, centros de convergência de demandas e expectativas sociais nos cinco continentes. Outro universo a ganhar atenção no período foi a governança empresarial, tanto nos aspectos ambiental e social quanto no corporativo. Mas como essas duas tendências se comunicam? Para as empresas do segmento, a combinação desses fenômenos é crucial. Essa convergência já está acontecendo, e deve se intensificar nos próximos anos. 

De acordo com o estudo “O mercado Global de Governança, Riscos e Compliance até 2025”, desenvolvido pela Bravo Research, o mercado de Governança, Riscos e Compliance (GRC) no Brasil terá um crescimento anual médio de 10,8% no setor de saúde até 2025, atrás apenas do setor bancário e securitário. Outra pesquisa sobre o tema que rendeu insights para o segmento foi a “2021 Healthcare Compliance Benchmark Survey”, feita pela consultoria norte-americana  SAI 360. O levantamento aponta que, em escala global, os principais tópicos de compliance para o setor de saúde são a preocupação com a privacidade de dados e registros médicos dos pacientes, seguida por gestão de gastos e conformidade regulatória. 

A pandemia evidenciou uma série de novas necessidades – entre elas, o gerenciamento de riscos, que deve ser a prioridade para os setores de compliance daqui em diante. Na área tecnológica, os desafios dizem respeito à segurança e privacidade de dados. Afinal, as empresas de saúde encontram-se em poder de quantidades cada vez maiores de informações sensíveis e confidenciais sobre seus clientes. Além de proteger essas informações e nunca permitir sua utilização para fins que não sejam estritamente médicos, as companhias precisam estar atentas a mudanças de legislação, norma e regulamentos, aspectos financeiros e gestão dos recursos. Todos esses pontos estão interligados, interferindo no relacionamento com clientes, mercado e stakeholders.

Por isso, não é recomendado que empresas do setor de saúde lidem com o compliance de forma superficial. É preciso implementar uma cultura de governança que esteja inserida no dia a dia dos colaboradores e que sirva de base para o relacionamento com terceiros, incluindo clientes. Segundo a pesquisa da SAI 360, as empresas do setor investem sobretudo em treinamentos, pontuais e contínuos, para criar e cultivar essa cultura. Isso é importante, mas é preciso ir além.

O investimento em tecnologia e cyber security é fundamental. Sem ele, bancos de dados e informações confidenciais ficam vulneráveis, o que pode colocar em risco toda a estratégia de ESG da companhia. A governança deve acompanhar e atender demandas, trabalhando de maneira aberta e transparente com todos os departamentos. Auditorias externas também emergem como prioridade. Segundo a pesquisa da SAI 360, 71% dos respondentes aplicam avaliações exclusivamente internas para descobrir o quanto alcançam a cultura do compliance. Somente 29% encomendam avaliações realizadas por terceiros. Fundamental na gestão financeira, a auditoria independente colabora de maneira decisiva na conquista de metas e indicadores, na sanidade econômica da empresa e no seu relacionamento com o mercado. 

Fonte: ABIMED

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