O setor da saúde está em posição privilegiada no cenário da Nova Indústria Brasileira (NIB) para especialistas. No entanto, defendem que alguns pontos precisam avançar para que, de fato, isso ocorra, como estabelecer prioridades, promover boas práticas de pesquisa e repensar a política de propriedade intelectual. Além disso, acreditam que o Complexo Econômico-Industrial da Saúde (CEIS) e a estratégia para lidar com ele é um passo importante na interpretação das relações entre a ampliação do acesso a bens e serviços de saúde e o desenvolvimento científico, tecnológico e produtivo no setor.

Acreditam também que a decisão de ancorar a estratégia para o CEIS na política industrial brasileira necessita da estabilidade e ações políticas, inclusive de articulação e parcerias, para encontrar seu amadurecimento, como uma agenda expandida de prioridades e avanços em boas práticas de pesquisa. Outro ponto de atenção é a monopolização da indústria da saúde global devido às políticas de fusões e aquisições, que resultaram no fechamento de unidades produtivas. Entretanto, no Brasil, a atenção deve estar ainda nas restrições impostas por órgãos de controle quanto à preferência na escolha de parceiros, que não devem impedir o domínio tecnológico e produtivo, tanto de empresas de capital nacional quanto de projetos de pesquisa com potencial de se transformarem em produtos e processos inovadores.