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Diagnósticos rápidos podem revolucionar emergências

Publicado em 06/11/2015 • Notícias • Português

Uma das referências nacionais na introdução de inovações tecnológicas para a saúde é o Hospital Samaritano, instituição privada paulistana com 2,3 mil funcionários e 5 mil médicos credenciados. Em outubro, o hospital foi acreditado pela HIMSS (sigla em inglês da Sociedade de Sistemas de Gestão e Informação em Saúde) no nível 6 em uma escala de zero a sete, do nível mais básico ao mais sofisticado do uso de TI. Há apenas três outros hospitais com nível 6 na América Latina.

Em 2013, o Samaritano passou a utilizar o 2IM, software de gestão do corpo clínico que serve para mensurar indicadores como quantidade de cirurgias, qualidade da assistência, capacitação e desenvolvimento profissional. A cada mês o médico recebe uma nota e uma vez por semestre seu desempenho é avaliado. Também foi implantado um sistema de gestão institucional de três protocolos assistenciais: sepse (infecção generalizada), dor torácica e acidente vascular cerebral (AVC). Os resultados mensais contribuem para a elaboração do mapa estratégico da organização.

No ano passado, o hospital adotou outros três sistemas de TI para gestão da saúde. O OnBase é uma ferramenta de gestão de processos e documentos que facilita atividades rotineiras como o agendamento de consultas e a organização de filas de atendimento. O Interact auxilia na gestão de ocorrências e riscos, que podem ser notificados de forma anônima por qualquer colaborador por meio da intranet. Já a Salesforce é uma plataforma de relacionamento que envolve pacientes, médicos, operadores de saúde e empresas. O Samaritano é o único hospital latino-americano a adotá-la.

O Sistema Catarinense de Telemedicina e Telessaúde, desenvolvido em parceria entre a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e a Secretaria de Saúde do Estado, é modelo nacional no atendimento a distância de pacientes pelo SUS nas áreas de cardiologia, dermatologia e radiografia. A rede pública conecta hospitais de administração direta do Estado e unidades radiológicas de praticamente todos os municípios de Santa Catarina aos laboratórios. Em dez anos de funcionamento, foram realizados e emitidos laudos de 4,3 milhões de exames com o uso da tecnologia, que permite acesso pela web e também por dispositivos móveis.

As vantagens do sistema incluem redução dos custos de transporte e do tempo de espera pelos resultados. Há também benefícios ambientais, diz o gerente operacional Harley Wagner: “Em 2014 fizemos 200 mil exames de raios-X que dispensaram o uso de produtos químicos na revelação”, conta. Ele menciona a economia com os 17,5 mil eletrocardiogramas (EGC) realizados a distância todos os meses. Cada exame custa R$ 3 em Santa Catarina, valor menor que o pago pelo SUS ao Estado, que é de R$ 5,15. “Existem várias ações de telemedicina no país”, afirma. “O diferencial de Santa Catarina é que aqui fazemos o atendimento em larga escala e em todo o território.”

Uma das áreas promissoras na medicina diagnóstica é o desenvolvimento de tecnologias “point-of-care testing” (POCT) – testes rápidos realizados à beira do leito do paciente, com diagnósticos também rápidos. “Esse conceito pode revolucionar emergências, campanhas de saúde pública e o enfrentamento de epidemias”, destaca o vice-presidente de operações da Dasa, Octávio Fernandes.

Fonte: Valor Econômico

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